terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Uma Noite de Natal


Uma Noite de Natal
( dos Santos )

Se...

O brilho das estrelas me fizesse ve
r
A alegria de um abraço
O sorriso de um menino
A paz de um Olhar
Uma lágrima de bondade

E vendo, me fizesse entender
Que apesar das diferenças,
De raças ou de crenças
Somos Todos iguais
E iguais todos somos irmãos

Pudesse então, ser tocado hoje por Deus
Para Perdoar sem magoas
Amar sem esperar ser Amado
Fazer o Bem sem nada querer ou pedir

Pois sei
Que em meu Coração uma Rosa se abrirá
E verei diferente tudo que era igual
Transformando minhas escolhas
Renovando minha velha Alma

E assim;
Aprenderei
Que ao transformar o homem
Plantarei a semente
De um novo amanhã.

Talvez seja apenas um Sonho de um louco aquariano, mas se hoje, neste instante, pudermos esquecer nossas diferenças, e Amar a nós e ao nosso próximo, sem dúvida nenhuma estaremos plantando a semente de um novo amanhã. Um amanhã mais justo e fraternos, onde o Amor é nosso guia e destino.

Que assim seja.

"Sonhar é viver
Viver é acreditar
Acreditar que ainda vale a pena
Amar e deixar-se Amar."

“Sou o SOL que agora Nasce”
respeite os direitos autorais

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Que o espírito de Natal
desperte em você toda a
emoção de viver e ser feliz

Não permita que o Natal
seja apenas a ilusão
de uma noite encantada

Espalhe durante toda a sua vida
a luz da solidariedade
e do amor ao próximo.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo !

domingo, 7 de dezembro de 2008

Se lhe falo de Amor


Se lhe falo de Amor
( dos Santos )

Se lhe falo de Amor
Entrego assim meu coração
De a ele teu sentido
Guarde nele sua Paixão

Seja belo Verso
Que corre hoje sem razão
Por ruas e caminhos
Para sempre e sem razão

Mata assim minha vaidade
Abrilhanta este caminho
Manifesta sua Verdade
E faz do Amor o meu sentido.
respeite os direitos autorais.

sábado, 6 de dezembro de 2008

A paz que move o mundo!


A paz que move o mundo!
( dos Santos )

Deus de meu coração
Deus de minha compreensão
Permita:

A tua gota ver o Mar
Ser então estar
Voar em plenitude
Na liberdade que toca o ar

Amar sem esperar
Perdoar então querer
Querendo então mudar

Pois;

A vida é minha aula
O Universo meu destino
Em muitas Vidas assim lhe digo
Sou Uno estou contigo
E na paz que move o mundo
Hoje encontro o equilíbrio

Que assim seja!

respeite os direitos autorais

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

FELIZ OLHAR NOVO....FELIZ 2009‏

FELIZ OLHAR NOVO

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.

O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse Aqui e Agora.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o bolo sola, o pneu fura, chove demais.

Mas... Pensa só.:

Tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido ficar chateado o dia todo por causa de uma discussão na ida ao trabalho?

Ta certo, eu sei, Polyanna é personagem de ficção, hiena come porcaria e ri, eu sei.

Não quero ser cego, burro ou dissimulado. Quero viver bem.

2008 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas e realizações,

mas também cheio de problemas e desilusões...Normal.

Às vezes se espera demais das pessoas...Normal.

A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou...Normal.

2009 não vai ser diferente.

Muda o século, o milênio muda,

mao homem é cheio de imperfeições,

a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja.

Mas e aí? Fazer o que?

Acabar com seu dia? Seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria,

e que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência.

Que todos consigamos perdoar o desconhecido mal educado.

Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim.

Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.

Se ele decepcionou passa para a categoria 3, a dos amigos que mudou de classe, virou colega.

Além do mais, a gente, provavelmente já decepcionou alguém.

Nosso desejo não se realizou?

Beleza, não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento.

Lembra-me sempre uma frase que eu adoro: Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso.

Mas, se a gente se entender e permitir olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes...

Desejo para todo mundo esse olhar especial...

2009 poderá se um ano especial, se nosso olhar for diferente.

Poderá ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades, egoísmos e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar.

Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

2009 poderá ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, maneiro, especial...Poderá ser puro orgulho.

Depende de mim! De você! De nós!

Poderá ser. E que seja!!!

Que a virada do ano não seja somente uma data,

mas um momento para repensar tudo o que fizemos e que desejamos,

afinal sonhos e desejos podem tornar-se realidade, somente se fizermos jus e acreditarmos neles.

São os votos da ARTE ÁRABE!!!.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Kabbalah

Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (קבלה QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.

Origem

A "Cabala" é uma doutrina esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados.

Formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofia neoplatónica e neopitagórica, assumiu um carácter especulativo. Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico, Sefer Yetzirah, ou

Sheper Bahir que significa Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII. Porém o mais antigo monumento literário sobre a Cabala é o Livro da Formação (Sepher Yetsirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a idéia de que o mundo é a emanação de Deus.

Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o "baale ha-kabbalah-kabbalah" (בעלי הקבלה "possuidores ou mestres da Cabala "). Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como maskilim (משכילים "o iniciado"). Do décimo terceiro século em diante ramificou-se em uma literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.

Grande parte das formas de Cabala ensinam que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contêm um sentido escondido e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.

Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XX e usam outros termos para referir-se aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII. Outros estudiosos vêem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes.

Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso do termo Cabala para referir-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum. O Judaismo ortodoxo discorda de ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a idéia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.

Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.

Antiguidade do misticismo esotérico

Formas iniciais de misticismo esotérico existem já há 2.000 anos. Ben Sira alerta sobre isto ao dizer: "Você não deve ter negócios com coisas secretas" (Sirach) ii.22; compare com o Talmud Hagigah 13a; Midrash Genesis Rabbah viii.

Literatura Apocalíptica pertence aos séculos II e I do pré-Cristianismo contendo alguns elementos da futura Kabbalah e, segundo Josephus, tais escritos estavam em poder dos Essênios, e eram cuidadosamente guardados por eles para evitar sua perda, o qual eles alegavam ser uma antiguidade valiosa (veja Fílon de Alexandria, "De Vita Contemplativa", iii., e Hipólito, "Refutation of all Heresies", ix. 27).

Estes muitos livros contém tradições secretas mantidas ocultas pelos "iluminados" como declarado em IV Esdras xiv. 45-46, onde Pseudo-Ezra é chamado a publicar os vinte e quatro livros canônicos abertamente, de modo a que merecedores e não merecedores pudessem igualmente ler, mas mantendo sessenta outros livros ocultos de forma a "fornece-los apenas àqueles que são sábios" (compare Dan. xii. 10); pois para eles, estes são a primavera do entendimento, a fonte da sabedoria, e a corrente do conhecimento.

Instrutivo ao estudo do desenvolvimento da Cabala é o Livro dos Jubilados, escrito no reinado do Rei João Hircano, o qual refere a escritos de Jared, Cainan, e Noé, e apresenta Abraão como o renovador, e Levi como o guardião permanente, destes escritos antigos. Ele oferece uma cosmogênese baseada nas vinte e duas letras do alfabeto hebraico, e conectada com a cronologia judaica e a messianologia, enquanto ao mesmo tempo insiste na Heptade como número sagrado ao invés do sistema decádico adotado por Haggadistas posteriores e pelo "Sefer Yetzirah".

A idéia Pitagórea do poder criador de números e letras, sobre o qual o "Sefer Yetzirah" está fundamentado, o qual era conhecido no tempo da Mishnah (antes de 200DC).

Gnosticismo e Cabala

A literatura gnóstica dá testemunho da antiguidade da Cabala. Gnosticismo — isto é, a "Chochmah" cabalística (חכמה "sabedoria") - parece ter sido a primeira tentativa por parte dos sábios judeus em fornecer uma tradição mística empírica, com ajuda de idéias Platônicas e Pitagóricas (ou estóicas), um retorno especulativo. Isto conduziu ao perigo da heresia pela qual as personalidades rabínicas judias Akiva e Ben Zoma esforçaram-se por libertar-se e assim foi.

Dualidade Cabalística

O sistema dualístico de poderes divinos bons e maus, o qual provêm do Zoroastrismo, pode ser encontrado no Gnosticismo; tendo influenciado a cosmologia da antiga Cabala antes de ela ter atingido a idade média. Assim é o conceito em torno da árvore cabalística (árvore da vida), onde o lado direito é fonte de luz e pureza, e o esquerdo é fonte de escuridão e impureza, encontrado entre os Gnósticos. O fato também que as Kelippot (קליפות as "cascas" primevas de impureza), os quais são tão proeminentes na Cabala medieval, são encontradas nos velhos encantamentos babilônicos, é evidência em favor da antiguidade da maioria das idéias cabalísticas.

Doutrinas Místicas nos Tempos do Talmude

Nos tempos do Talmude os termos "Ma'aseh Bereshit" (Trabalhos da Criação) e "Ma'aseh Merkabah" (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem) claramente indicam a vinculação com o Midrash nestas especulações; elas eram baseadas em Gen. i. e Ezequiel i. 4-28; enquanto os nomes "Sitre Torah" (Talmude Hag. 13a) e "Raze Torah" (Ab. vi. 1) indicam seu carater secreto.

Em contraste com a afirmação explícita das Escrituras que Deus criou não somente o mundo, mas também a matéria da qual ele foi feito, a opinião é expressa em tempos muito recentes que

Deus criou o mundo da matéria que encontrou disponível — uma opinião provavelmente atribuida a influência da cosmogênese platônica.

Eminentes professores rabinos palestinos conservam a teoria da preexistência da matéria (Midrash Genesis Rabbah i. 5, iv. 6), em contrariedade com Gamaliel II. (ib. i. 9).

Ao discorrer sobre a natureza de Deus e do universo, os místicos do período Talmúdico afirmaram, em contraste com o transcedentalis,o Bíblico, que "Deus é o lugar-morada do universo; mas o universo não é o lugar-morada de Deus". Possivelmente a designação ("lugar") para Deus, tão frequentemente encontrada na literatura Talmúdica-Midrashica, é devida a esta concepção, assim como Philo, ao comentar sobre Gen. xxviii. 11 diz, "Deus é chamado 'ha makom' (המקום "o lugar") porque Deus abarca o universo, mas Ele próprio não é abarcado por nada" ("De Somniis," i. 11).

Spinoza devia ter esta passagem em mente quando disse que os antigos judeus não separavam Deus do mundo. Esta concepção de Deus pode ser panteísta. Isto também postula a união do homem com Deus; ambas as idéias foram posteriormente desenvolvidas na Cabala mais recente.

Até em tempos bem recentes,teologos da Palestina e de Alexandrei reconheceram dois atributos de Deus,"middat hadin",o atributo da justiça,e missa ha-rahamim", o atributo da misericórdia(Midrash Sifre,Deut.27);e esse é o contraste entre misericórdia e justiça,uma doutrina fundamental da Cabala.

Cabala no Cristianismo e na sociedade não Judaica

O termo "Cabala" não veio a ser usado até meados do século XI, e naquele tempo referia-se à escola de pensamento (Judaica) relacionada ao misticismo esotérico.

Desde esses tempos, trabalhos Cabalísticos ganharam uma audiência maior fora da comunidade Judaica. Assim versões Cristãs da Cabala começaram a desenvolver-se; no início do século XVIII a cabala passou a ter um amplo uso por filósofos herméticos, neo-pagãos e outros novos grupos religiosos. Hoje esta palavra pode ser usada para descrever muitas escolas Judaicas, Cristãs ou neo-pagãs de misticismo esotérico. Leve-se em conta que cada grupo destes tem diferentes conjuntos de livros que eles mantem como parte de sua tradição e rejeitam as interpretações de cada um dos outros grupos.

Principais textos judeus

O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah ("Livro da criação"). Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI. Sua origem histórica não é clara. Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o lêem sem um conhecimento maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica) e o Midrash.

Outra obra muito importante dentro do misticismo judeu é o Bahir ("iluminação"), também conhecido como "O Midrash do Rabino Nehuniah ben haKana". Com aproximadamente 12.000 palavras. Publicado pela primeira vez em 1176 em Provença, muitos judeus ortodoxos acreditam que o autor foi o Rabino Nehuniah ben haKana, um sábio Talmúdico do século I. Historiadores mostraram que o livro aparentemente foi escrito não muito antes de ter sido publicado.

O trabalho mais importante do misticismo judeu é o Zohar (זהר "Esplendor"). Trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torah, escrito em aramaico. A tradição ortodoxa judaica afirma que foi escrito pelo Rabino Shimon ben Yohai durante o século II. No século XII, um judeu espanhol chamado Moshe de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar, o texto foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu. Célebre historiador e estudante da Cabala, Gershom Scholem mostrou que o próprio de Leon era o autor do Zohar. Entre suas provas, uma era que o texto usava a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII, e que o autor não tinha um conhecimento exato de Israel. O Zohar contém e elabora sobre muito do material encontrado no Sefer Yetzirah e no Sefer Bahir, e sem dúvida é a obra cabalística por excelência.

Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana

O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh, ru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza fisica e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende da ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:

Nefesh (נפש) - A parte inferior, ou animal, da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.

Ruach (רוח) - A alma mediana, o espírito. Ela contem as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.

Neshamah (נשמה) - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma conciência da existencia e presença de Deus.

A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".

Chayyah (חיה) - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.

Yehidah (יחידה) - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus

Tanto trabalhos Rabínicos como Kabalísticos sugerem que haja também alguns outros estados não permanentes para a alma que as pessoas podem desenvolver em certas situações. Essas outras almas ou outros estados da alma não tem nenhuma relação com o pós-vida.

Ruach HaKodesh (רוח הקודש) - Um estado da alma que possibilita a profecia. Desde o fim da era da profecia clássica, ninguém mais recebeu a alma da profecia.

Neshamah Yeseira - A alma suplementar que o Judeu demonstra durante o Shabbat. Ela permite um maior prazer espiritual do dia. Ela existe somente quando se observa o Shabbat e pode ser ganha ou perdida dependendo na observação do Shabbat da pessoa.

Neshoma Kedosha - Cedida aos Judeus quando alcançam a maioridade (13 anos para meninos, 12 para meninas), e está relacionada com o estudo e seguimento dos mandamentos da Torah; pode ser ganha ou perdida dependendo do estudo e prática da Torah pela pessoa.

Predizendo o Futuro

Um pequeno número de Cabalistas tentou predizer acontecimentos pela cabala. A palavra passou a ser usada como referência às ciências secretas em geral, à arte mística, ou ao mistério.

Depois disso, a palavra cabala veio a significar uma associação secreta de uns poucos indivíduos que buscam obter posição e poder por meio de práticas astuciosas.

Outros termos que originalmente se referiam a associações religiosas mas que passaram a se referir de alguma forma a comportamentos perigosos e suspeitos incluem fanático, assassino, e brutamontes

Cabala e a Tradição Esotérica Ocidental

A Tradição Esotérica Ocidental (ou Hermética) é a maior precursora dos movimentos do Neo-Paganismo e da Nova Era, que existem de diversas formas atualmente, estando fortemente intrincados com muitos dos aspectos da Cabala. Muito foi alterado de sua raiz Judaica, devido à prática esotérica comum do sincretismo. Todavia a essência da tradição está reconhecidamente presente.

A Cabala “Hermética”, como é muitas vezes denominada, provavelmente alcançou seu apogeu na “Ordem Hermética do Alvorecer Dourado” (Hermetic Order of the Golden Dawn), uma organização que foi sem sombra de dúvida o ápice da Magia Cerimonial (ou dependendo do referencial, o declínio à decadência). Na “Alvorecer Dourado”, princípios Cabalísticos como as dez emanações (Sephirah), foram fundidas com deidades Gregas e Egípcias, o sistema Enochiano da magia angelical de John Dee, e certos conceitos (particularmente Hinduístas e Budistas) da estrutura organizacional estilo esotérico- (Masonica ou Rosacruz).

Muitos rituais da Alvorecer Dourado foram expostos pelo legendário ocultista Aleister Crowley e foram eventualmente compiladas em formato de Livro, por Israel Regardie, autor de certa notoriedade.

Crowley deixou sua marca no uso da Cabala, em vários de seus escritos; destes, talvez o mais ilustrativo seja Líber 777. Este livro é basicamente um conjunto de tabelas relacionadas: às várias partes das cerimônias de magias religiosas orientais e ocidentais; a trinta e dois números que representam as dez esferas e vinte e dois caminhos da Arvore da Vida Cabalística.

A atitude do sincretismo demonstrada pelos Kabalistas Herméticos é planamente evidente aqui, bastando checar as tabelas, para notar que Chesed corresponde a Júpiter, Isis, a cor azul (na escala Rainha), Poseidon, Brahma e ametista – nada, certamente, do que os Cabalistas Judeus tinham em mente.

domingo, 30 de novembro de 2008

Uma face do racismo

( dos Santos )

Bom dia amigos;

Acredito que o tema proposto neste artigo é deverás polemico, mas mesmo assim gostaria de falar sobre o sistema de cotas para negros, índios e pardos que será adotado nas faculdades.
Li muitas matérias tanto a favor e contra, e formei assim minha opinião a respeito, não creio que esta será igualmente aceita por todos, mas vamos a ela.

Não concordo com este sistema de cotas, até porque não creio que o mesmo resolva o grave abismo educacional e sócio econômico que temos hoje em nosso país, entendo que não será com cotas que criaremos ou daremos melhores oportunidades de ensino a quem quer que seja. Ao contrário diminuiremos o nível educacional já bastante degradado de nossas faculdades.

Quando deliberadamente oferecemos cotas ou qualquer tipo de facilidade, não estamos com isso dando ou equiparando as oportunidades em relação a outros, estamos sim alimentando ainda mais um sentimento perigoso de inferioridade e racismo, o que aumenta ainda mais as diferenças.

Ao invés de pensarmos em cotas, deveríamos pensar em uma educação de base com qualidade, que forme e prepare nossas crianças para o futuro, independente de cor ou raça, diminuindo assim o abismo social existente em nosso país.

Acredito ainda, que o verdadeiro ponto a ser discutido hoje é a melhoria das condições educacionais e sociais das classes mais carentes e desfavorecidas, dando a elas uma maior oportunidade, com condições dignas e justas para seu desenvolvimento, afinal para isso pagamos uma das mais altas cargas de impostos do mundo.

Por fim, não é privilegiando um grupo ou uma raça que mudaremos este país, mudaremos quando entendermos que não somos raças, cores ou credos religiosos, mas sim irmãos, é como irmãos somos iguais em direitos e responsabilidades, e assim, devemos exigir de nossos representantes as condições básicas para o desenvolvimento social, econômico e cultural de cada um.

sábado, 29 de novembro de 2008

O Amor se fez eterno!

O Amor se fez eterno!
( dos Santos )

Amar sem ter razão
Acreditar que ainda é belo
Chorar em belos versos
A magia do segundo
Que o Amor faz eterno!

Pois
O sentindo da paixão
Renova o futuro
Anuncia sem juízo
A loucura de um sonho
No sorriso de um menino

Quem dera
Despido de vaidade
Ser mais que uma metade
Que escuta a liberdade
Pleno e em Verdade.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

“SENTIDO”

( Liane )

Submersa
Espero...
Na inércia
Fluo

Matriz aquática
Ígnea força
emana solidez
no abraço eólico

Ave canora
Dragão celestial
Tigre guerreiro
Mago ..

Bardo que chama
Nas chamas sagradas
Eurídice sua...

Um sonho
Realizou...você

Sou tua lua...
Teu mar e teu porto...
Serva e senhora
Mulher...

Na eternidade
nos conhecemos
nos prometemos.
Estrelas amantes
Errantes...no céu.

Habitas meus sonhos...
E minha realidade
Faz-se etérea
Pelos sonhos teus.

Sentido
de minha vida
á tua unida
sem dizer
adeus.


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terça-feira, 25 de novembro de 2008

FOI SEM QUERER

( Ducarmo de Assis )

Sem querer!
Te encontrei...
Sem querer!
Que te olhei... Sem querer!
Contigo sonhei...Sem querer!
Eu te amei...Sem querer!

Fugi de ti Sem querer!
Eu ti perdi Sem querer!
Fico chorandoSem querer!
Sigo te amandoSem querer!

Que eu errei Sem querer acreditei
Sem querer! Eu te julguei
Sem querer me afastei.
Sem querer! Te procurei Sem querer!
Te desejei
Sem querer!
Senti saudade
Sem querer! Me apaixonei

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domingo, 23 de novembro de 2008

Apenas te Amar.


( dos Santos )
Marcas bem expostas
Que outrora agora
Vem caminhar

E se de fato digo
Outra vez bem sinto
Teu leve andar

Será vazio supor
Meu sentindo claro
Impreciso e falho
Ao lhe ver passar?

Pois
Se deverás fosse
Agora minha noite esconde
O olhar sincero
Vez por outra belo
Que vou ofertar

Seduzindo a rima
Com tão bela escrita
Para tentar

Meu segundo mágico
Que antecede ao ato
Para apenas Amar.
respeite os direitos autorais

sábado, 22 de novembro de 2008

Amar é a luz que renova o espírito


Amar é a luz que renova o espírito
( dos Santos )

Pintados a giz
Ou coloridos a mão
Rabiscos tão soltos
Atravessam o chão

Contado em histórias
O Amor impossível
Escrito em sonhos
Lendas ou contos

Que hoje ou agora
Entre versos e prosas
Selam um destino
Anunciam e lhe digo

Amar é a luz
Que renova o espírito.
respeite os direitos autorais

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

CISMANDO...


( Liane )


Ninguém me disse que a luz pode cegar
Que a verdade pode mentir
Que amigos podem trair...
Que o “amanhã” pode nunca chegar.
Alguém me disse que a vida é bela
Que o amor existe
Que a esperança nunca desiste
Como mãe que ao filho vela.

Nem toda pergunta tem sua resposta
Nem toda certeza é plena
Mas toda duvida é uma aposta
E todo acerto vale a pena.
Olhe nos meus olhos e diga o que vê
Diga o que sente mesmo sem saber porque...
Leia o que escrevo e conte o que pensa
Pra toda ação há uma recompensa.

Cante a canção de sua alma
Flua com as marés
vibre aos ventos e goze essa calma
na essência de quem é.
Atire-se ao fogo sem medo
conheça o êxtase que encerra
a fé, emoção e razão de um credo
dentre tantos credos sobre a terra..

Descreia sobre tudo que já foi ensinado
Desde hoje até o mais remoto passado
E comece...como se fosse a primeira vez
De um sonho que a realidade desfez.
Aprenda como um fantasma de si mesmo
A perder-se entre o tempo e o espaço
No limite inexistente de uma mente a esmo
Vagando entre as notas e o compasso.

Ninguém me disse que a treva pode abrigar
Exilados de um paraíso quase esquecido
Entre idas e vindas das vidas por passar
Entre as culpas e perdões por vezes merecidos.
Bendita memória perdida entre renascimentos
Da alma afastada por ilusão em banimento
Maldita lembrança evocando tanto dor
No espírito que clama, e brada...por Amor.

respeite os direitos autorais

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Hermetismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Hermetismo pode designar uma de duas coisas:
O estudo e prática da filosofia oculta e da magia, de um tipo associado a escritos atribuídos ao deus Hermes Trismegistus, "Hermes Três-Vezes-Grande", uma deidade sincrética que combina aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth. Estas crenças tiveram influência na sabedoria oculta europeia, em especial desde a Renascença, quando foram reavivadas por figuras como Giordano Bruno e Marsilio Ficino. A magia hermética passou por um renascimento no século XIX na Europa Ocidental, onde foi praticada por nomes como os envolvidos na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado e Eliphas Lévi. O hermetismo também está associado à alquimia e a astrologia.

Os Escritos Herméticos

Os escritos Herméticos são uma coleção de 18 obras Gregas, e as principais são Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, as quais são tradicionalmente atribuídas a Hermes Trismegistus. Estes escritos contêm os aspectos teórico e filosófico do Hermetismo em seu aspecto teosófico. O período bizantino é marcado por uma outra coleção de obras herméticas, que também são relacionadas ao Hermes Trismegistus, e contêm uma tradição hermética popular a qual é composta essencialmente por escritos relacionados a astrologia, magia e Alquimia. Esta versão popular encontra sustentação ou base nos diálogos Hermeticos, apesar dele se distanciar da magia.

A prática da magia entretanto não está distante das praticas realizadas no antigo Egito, a qual em uma última análise e a fonte de todos os diálogos herméticos, pois o Hermetismo lá floresceu, e portanto estabelece uma conexão entre as duas tradições Hermeticas: filosófica e magia.
O livro Caibalion foi escrito no final do sec. XIX por três Iniciados que registraram as Sete Leis do Hermetismo.Não é um livro oriundo da era pré-cristã como se supõe.
Hermes Trismegistus

A divindade de Hermes Trismegistus provêm da introdução do deus Toth na religião grega. O Toth é um deus egipcío o qual simboliza a lógica organizada do universo. Ele é relacionado aos ciclos lunares a qual em suas fases expressa a harmonia do universo. E também como deus do verbo e da sabedoria foi naturalmente identificado com Hermes. Como o deus da sabedoria o Toth foi atribuido como escritor de uma série de textos sagrados egipcíos os quais descrevem os segredos do universo. Os textos Hermeticos antigos podem ser considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga religião egipcía.
Como todos os deuses egipcíos o Toth inicialmente era adorado localmente, mas depois a adoração a ele espalhou-se por todo o Egito. Uma das localidades de adoração ao Toth era na Grande Hermopolis. Com o estabelecimento da dinastía Ptolomaica naquela região Gregos imigraram também para a cidade sagrada de Toth. Desta imigração de Gregos advém a identificação de Hermes com Toth.

Hermes Trismegistus é a expressão em latim para "Hermes o Três-Vezes-Grande" derivado do grego Ερμης ο Τρισμεγιστος. Ele foi um personagem histórico ou mítico do antigo Egito. Em seu aspecto mítico ele foi uma deidade sincrética que combinava aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth.

Hermes foi considerado pelos egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os seus ensinamentos a este grande povo da antigüidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas escolas da sabedoria.
Thot, por seu lado, simbolizava a lógica organizada do universo, estando relacionado aos ciclos lunares a qual em suas fases expressa a harmonia do universo. Também era considerado como deus do verbo e da sabedoria e foi naturalmente identificado com Hermes.
A Hermes Trismegistus foi atribuída a escrita de 42 livros sobre medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, as matemáticas, a música, a arquitetura, a ciência política. Entre eles se encontra "O Livro dos Mortos" que é também chamado de "O Livro da Saída da Luz", a coleção literárica conhecida como Corpus Hermeticum, e é-lhe também atribuído o mais famoso texto alquímico, a "Tábua de Esmeralda".

As sete leis herméticas

As sete principais leis herméticas se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Kabbalah, que em hebraico, significa recepção.

Lei do Mentalismo

"O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion)

O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.
A matéria são como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.

Lei da Correspondência

"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima"(O Caibalion)

A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.
O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.

Lei da Vibração

"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".

No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.

Lei da Polaridade

''"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados"(O Caibalion)

A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.

O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

Lei do Ritmo

"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".

Pode se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos se movem em círculos.

É a expansão até chegar o ponto máximo, e depois que atingir sua maior força, se torna massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque sua complementação.

Lei do Gênero

"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação".

Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico. Nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de ying yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.

Lei de Causa e Efeito

"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".

Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos e a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.

Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

A Tábua de Esmeralda foi o texto que deu origem à alquimia islâmica e ocidental, surgiu primeiramente nos textos seguintes: Kitab Sirr al-Khaliqa wa Sanat al-Tabia (c. 650 d.C.), Kitab Sirr al-Asar (c. 800 d.C.), Kitab Ustuqus al-Uss al-Thani (século XII), e Secretum Secretorum (c. 1140).

O texto em latim escrito por João de Sevilha (Johannes Hispaniensis) em Secretum Secretorum é apresentado abaixo:

Tabula Smaragdina

Verum sine mendacio, certum et verissimum:
Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius, ad perpetranda miracula rei unius.
Et sict omnes res fuerunt ab uno, mediatione unius, sic omnes res natæ fuerunt ab hac una re, adaptatione.
Pater ejus est Sol, mater ejus Luna;
portavit illud Ventus in ventre suo; nutrix ejus Terra est.
Pater omnes Telesmi totius mundi est hic.
Vis ejus integra est, si versa fuerit in Terram.
Separabis terram ab igne, subtile a spisso, suaviter, cum magno ingenio.
Ascendit a terra in cœlum, interumque descendit in terram et recipit vim superiorum et inferiorum.
Sic habebis gloriam totius mundi.
Ideo fugiet a te omnis obscuritas.
Hic est totius fortitudinis fortitudo fortis: quis vincet omnem rem subtilem omnemque solidam penetrabit.
Sic mundus creatus est.
Hinc erunt adaptationes mirabiles quarum modus est hic.
Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus, habens tres partes philosophiæ totius mundi.
Completum est quod dixi de operatione Solis.

A tradução da Tabula Smaragdina segue-se:

É verdade, sem mentira, muito verdadeiro:
O que está embaixo é como o que está no alto, e o que está no alto é como o que está embaixo, para penetrar nas maravilhas da totalidade una
E assim como todas as coisas provieram do princípio único pelo Uno, assim todas as coisas nascidas provieram desta única coisa, por adaptação.
O Sol é seu pai, a Lua, sua mãe;
e o vento o traz em seu seio; a Terra é sua nutriz.
O pai de toda telesma do mundo está aqui.
Sua força é plena, se ela é convertida em terra.
Separarás a terra do fogo, o sutil do denso, suave e engenhosamente.
Eleva-te da terra ao céu, e de novo retorna-te a terra e carrega-te com a força dos superiores e inferiores.
Deste modo possuirás toda a glória do mundo.
E por este motivo todas as trevas afastar-se-ão de ti.
Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: quem vencerás todas as coisas sutís e penetrarás tudo o que é sólido.
Assim é criado todo o universo.
De lá vêm as realizações maravilhosas e seu mecanismo está aqui.
É por isto que sou chamado Hermes Trimegisto, possuindo (poder sobre) os três aspectos da filosofia (conhecimento) universal.
O que eu disse da Obra Solar encerra tudo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para sempre e contigo

Para sempre e contigo
( dos Santos )


Para sempre e contigo
Seja Amor Meu nobre abrigo
Pois assim agora digo
Transforma hoje meu destino

Traz a boa nova
Anuncia sem demora
A verdade que ilumina
O Amor que contagia
Alquimia pura e limpa

E por fimUno ao Universo
Serei Alma no caminho
Que de face com o Eterno
Direi enfim
Sinceros versos
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Verdades tão nossas


Verdades tão nossas
( dos Santos )

Desfaz-se o medo
Pois em virtude entendo
Fases e momentos
Do caminhar

Se, contudo parto
Outra vez faço
Pelo o ato mágico
O mesmo bailar

Para e, no entanto
Sem temer o espanto
Submeter ao encanto

O olhar sincero
Abraço tão fraterno
Para lhe Amar

E assim,
Vez por outra agora
Dizer em prosas
Verdades tão nossas
Que vão encontrar

Tua alma exposta
O dia de face com a hora
Para lhe encontrar.

"O desejo é a metade da vida; a indiferença a metade da morte!"
Khalil Gibran
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sábado, 15 de novembro de 2008

Humanas estrelas

Humanas estrelas
( Liane )
No contraste gritante das semelhanças
Encontro a perfeita sinopse, uma simbiose
Entre as diferenças...escassas esperanças
Aflorando no guerreiro em metamorfose.

Lua pálida que entre as nuvens se entrevê
Desfila nos céus abençoando seus filhos
Viajantes da terra em busca de mercê
Estrelas humanas que perderam o brilho.

Caminhantes, pedintes de graças...suplicantes
Carentes de um amor...maior que amores
Sentimento alado, sagrado, jóia faiscante
No templo do ser...senhor dos senhores!

Divisando ilusões, desvelando negros véus
De sonhos sonhados em vidas passadas...
Realizados, buscados, merecidos como troféus

Lagrimas de sangue vertidas dos olhos cansados
Evocam as dores, horrores, temores, ultrapassados
Dos merecedores enfim...de voltar aos céus...

Estrelas humanas caídas, sem brilho...cansadas.
Eu e você, deuses ou réus, condenados.
respeite os direitos autorais

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Basta querermos!

No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao
ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda
a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para uma escola
comum..

Num jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um
discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam
presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou:

- Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é
feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras
crianças entendem. Meu filho não se pode lembrar de fatos e números
como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus? '

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai,
mas ele continuou:

- Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a
perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante
desta criança.

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:

- Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns
meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me:

- Pai, você acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o
queria na equipe. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles,
isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me
de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O
menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus
companheiros de equipe e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação,
ele assumiu a responsabilidade e disse:

- Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na
oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipe e tentaremos
colocá-lo para bater até a nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a
resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para
o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipe de Pedro marcou
alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três. No final da nona
rodada, a equipe de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as
bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para
continuar. Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipe deixaria
Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e deitar fora à
possibilidade de ganhar o jogo?

Surpreendentemente, foi dado o
bastão a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível,
porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Pedro tomou
posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de
maneira que Pedro pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro
arremesso e Pedro balançou desajeitadamente e perdeu. Um dos
companheiros da equipe de Pedro foi até ele e juntos seguraram o
bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente
para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro da equipe
balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O
lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao
primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o
jogo. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva,
longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da
base.

Então todo o mundo começou a gritar: Pedro corre para a
primeira base, corre para a primeira. Nunca na sua vida ele tinha
corrido... Mas saiu disparado para a linha de base, com os olhos
arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o
jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a
bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo,
pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as
intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da
cabeça do terceiro homem da base. Todo o mundo gritou:

- Corre para a segunda, Pedro, corre para a segunda base.

Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele
circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro
alcançou a segunda base, a curta parada adversária
colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram:

- Corre para a terceira.

Ambas as equipes correram atrás dele gritando:

- Pedro, corre para a base principal.

Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o
ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido
o campeonato e ganho o jogo para a equipe dele.

- Naquele dia, disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18
meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um
sorriso tão lindo no rosto do meu filho!

Todos precisamos parar alguns momentos para pensar naquilo que
é realmente importante na vida. A amizade e a solidariedade nunca
sairão de moda.

Basta querermos!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fotos do Solo sagrado de Guarapiranga

Olá amigos, publico hoje algumas fotos do Solo sagrado de Guarapiranga
Fotográfias de: João Batista dos Santos
blog: http://blogjbfotos.blogspot.com/









domingo, 9 de novembro de 2008

Amar é ser sincero

Amar é ser sincero
( dos Santos )

Alma de minha alma,
Assim e por fim eu serei:

O lapso do acaso
Teu fato consumado
Irreal ou imaginário
Algo mais que um laço
Que ecoa sem compasso

E no fim
Eis teu belo traço
Que escreve ao abstrato
Versos sem demora

Que hoje e agora
Jura ao Universo
Ser mais que um simples verso
Amar é ser sincero
E na volta da Unidade
Para sempre Ser eterno.

respeite os direitos autorais

sábado, 8 de novembro de 2008

O Amor nada teme


O Amor nada teme
( dos Santos )

Antes fosse eu
De face com o belo
A essência do Universo
Que o sublime
Torna eterno

Seja então Amor
E irradia em novo dia
Versos nunca ditos
Entre a esperança e a magia

Lembre e pondere
A paz move o homem
O caminho é sua sorte
Eterno é contigo
O Amor nada teme
Renasce em verdade
Vive hoje seu destino

"Uma voz não pode transportar a língua e os lábios que lhe deram asas. Deve elevar-se sozinha no éter."
Khalil Gibran

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

VISAO DO FUTURO?

( Liane Furiatti )

Não me ame...nao ouse falar de amor comigo
Cale os sussurros murmurados no ouvido
Afaste a mão da caricia pretendida
Cerre os olhos, volte as costas á face querida.

Esqueça os sonhos, deixe-os no passado
Fazendo companhia a vontades não vividas
reunidas por derradeiro no enlace almejado.

Na esperança do ontem naufraguei iludida
Fui lançada semimorta nas praias, perdida.
Sentenciada exaurida a um fio de vida.

Flores sem perfume, lanternas sem lume...
Anjos sem asas, jardins sem casas...
Réu degredado, céu escuro, amaldiçoado.
Coração sem amor, vazio...amargurado.

Sombras do passado unidas no amanhã
Tragédias revividas em esperanças malsãs...
Odes entoadas por bardos enlutados
Poemas compostos nos corpos desenterrados.

Rostos sem expressão, faces descarnadas
Glotes sem voz, olhos cegos fitando o vazio
Mãos estendidas em suplica desesperada.

Fogo sob o gelo...o frio cobre a terra de sul a norte.
Não há fome, nem sede, apenas odores de morte
Levados pelo vento sem rumo nem direção.

Não me fale de amor, não ouse me amar
O futuro é dor, e nós... somos poeira a vagar.
Agonizante a esperança lança um gemido
No estertor da morte buscando um amigo!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Rubi Estrela

(do livro Às Portas da Noite)
© Dalva Agne Lynch- Soror Inanna IX -

Não pertenço a nada e nem a ninguém.
Sou louca, desvairada, selvagem.
Quem pode - ou quer - conter o vento?
Ou o sussurro de Babalon...
Meu cabelo se me cai por sobre a caracobrindo olhos que vêem um mundocom o qual não encontro relação.
Então construo.
Minhas mãos seguram imagens criadasque se projetam contra um pano de fundo e se fazem mais reais que o seu fundo.
Quadros em vermelho e negro e azulonde as figuras são meros esboços contra as cores do Infinito.
Estrelas rubras contra o verdelançadas em gritos e sussurrosqueimando
à minha volta. Versos que se moldam em palavras corpos e espíritos povoando o reino etéreo além dos dedos.
Nele governa a figura de um ser enorme e escuroque me deu seu Falo para que procrie.
Procriarei, meu amor.
Para Elenão para você...
E percebo, apesar do mundo que me cercao poder daquela Cruz que entrevejoquando chamo alto por Therione na Rosa que a ela se entretece, rubracomo meu sangue pulsando forte.
Um dia vamos nos esquecer, você e euna montanha que me chama.Sem elos deste lado do Abismoseguirei, para me desfazer nas trevase de você vai restar apenas as palavras loucas destes meus poemas.Recrio então o mundo, meu amorenquanto espero.


"Faze o que tu queres há de ser o todo da lei.
Amor é a lei, amor sob vontade."

domingo, 2 de novembro de 2008

És dama profana, bruxa e mulher


És dama profana, bruxa e mulher
( dos Santos )

Se parto a noite
Sem flores ou cores
Busco o ato sincero
Poderoso e tão belo
Do caminhar

Lua dourada
Renasça e se faça
Ao fogo sagrado
Venha e de graças
Para e agora
Viver e criar

A noite tão mágica
Uma dama profana
Seja Bruxa ou santa
Que insista em ser
A mulher mais bela
Que entre todas aquelas
O Amor sabe viver.

respeite os direitos autorais

sábado, 1 de novembro de 2008

Bela dama


Bela dama
( dos Santos )

Bela dama, dama minha
Dizes hoje teus motivos
Para assim eu entender
Qual é o teu capricho?

Eterno bem querer
Ilumina essa estrada
Escreve em belas linhas
O verso nunca dito
Uma rima e seus motivos
Pois;
Amar é um eterno risco
Que se atreve ao rabisco
Viver sem ter motivo.

"...Ide para os vossos campos e jardins e aprendereis que o prazer da abelha consiste em retirar o mel da flor.Mas também a flor tem prazer em dar o seu mel à abelha.Pois para a abelha a flor é uma fonte de vida. E para a flor a abelha é mensageira de amor.E, para ambas, abelha e flor, o dar e o receber de prazer é uma necessidade e um êxtase."
khalil gibran

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Grandes Pensadores: Baruch Spinoza

Matéria do site http://www.mundodosfilosofos.com.br/spinoza.htm

Considerações Gerais

O pensamento de Descartes exercerá uma influência vasta no mundo cultural francês e europeu, diretamente até Kant e indiretamente até Hegel. E exerceu tal influência não tanto como sistema metafísico, quanto especialmente pelo espírito crítico, pelo método racionalista, implícito nas premissas do sistema e realizado apenas parcialmente pelo filósofo.

O desenvolvimento lógico do cartesianismo é representado por alguns grandes pensadores originais: Spinoza, Malebranche, Leibniz. Spinoza é a mais coerente e extrema expressão do racionalismo moderno depois do fundador e antes de Kant; Malebranche e Leibniz encontram, ao contrário, nas suas preocupações práticas, religiosas e políticas, limitações ao desenvolvimento lógico e despreocupado do racionalismo.

Ladeia estes três pensadores uma turma numerosa de cartesianos mais ou menos ortodoxos, particularmente na França na segunda metade do século XVII. Significativa é a influência que o criticismo e o racionalismo cartesianos exerceram sobre a cultura do século de Luís XIV, o século de ouro da civilização francesa; sobre a arte de Racine e de La Fontaine, sobre a poética de Boileau, a ética de La Bruyère, o pensamento de Bayle.

Descartes teve seguidores também em determinados meios religiosos de orientação platônico-agostiniana, mais ou menos ortodoxos. Os dois centros principais desse sincretismo são representados pelo Jansenismo e pelo Oratório. Brás Pascal, porém (se bem que, em parte, jansenista), grande físico e matemático, mas de um profundo sentimento religioso e cristão, parece ter tido intuição da falha da filosofia cartesiana.

À razão matemática, científica - espírito geométrico - que vale para o mundo natural mas não chega até Deus, contrapõe a razão integral - esprit de finesse - que leva até o cristianismo.

Descartes teve numerosos adversários e críticos no campo filosófico, entre os quais Hobbes. Entretanto, as oposições maiores contra o cartesianismo surgiram evidentemente no ambiente eclesiástico e político, quer católico quer protestante. Nesses ambientes houve a intuição de um perigo revolucionário para a religião e a ordem social, por causa do criticismo, mecanismo e infinidade do universo, próprios daquela filosofia.

E, no entanto, o cartesianismo forjou a mentalidade (racionalista-matemática) dos maiores filósofos até Kant. E também propôs os grandes problemas em torno dos quais girou a especulação desses filósofos, a saber: a relação entre substância finita de um lado, e entre espírito e matéria do outro. Daí surgiram o ontologismo e o ocasionalismo de Malebranche, a harmonia preestabelecida de Leibniz e o panteísmo psicofísico de Spinoza.

Baruch Spinoza

O racionalismo cartesiano é levado a uma rápida, lógica, extrema conclusão por Spinoza. O problema das relações entre Deus e o mundo é por ele resolvido em sentido monista: de um lado, desenvolvendo o conceito de substância cartesiana, pelo que há uma só verdadeira e própria substância, a divina; de outro lado introduzindo na corrente racionalista-cartesiana uma preformada concepção neoplatônica de Deus, a saber, uma concepção panteísta-emanatista. O problema, pois, das relações entre o espírito e a matéria é resolvido por Spinoza, fazendo da matéria e do espírito dois atributos da única substância divina.

Une os dois na mesma substância segundo um paralelismo psicofísico, uma animação universal, uma forma de pampsiquismo. Em geral, pode-se dizer que Descartes fornece a Spinoza o elemento arquitetônico, lógico-geométrico, para a construção do seu sistema, cujo conteúdo monista, em parte deriva da tradição neoplatônica, em parte do próprio Descartes.

Os demais racionalistas de maior envergadura da corrente cartesiana se seguem, cronologicamente, depois de Spinoza; entretanto, logicamente, estão antes dele, pois não têm a ousadia - em especial Malebranche - de chegar até às extremas conseqüências e conclusões racionalista-monista, exigidas pelas premissas cartesianas, detidos por motivos práticos-religiosos e morais, que não se encontram em Spinoza.

Com isto não se excluem, por parte deles, desenvolvimentos em outro sentido. Por exemplo, não se excluem os desenvolvimentos idealistas do fenomenismo racionalista por parte de Leibniz.

Vida e Obras

Baruch Spinoza nasceu em Amsterdam em 1632, filho de hebreus portugueses, de modesta condição social, emigrados para a Holanda. Recebeu uma educação hebraica na academia israelita de Amsterdam, com base especialmente nas Sagradas Escrituras. Demonstrando muita inteligência, foi iniciado na filosofia hebraica (medieval-neoplatônico-panteísta) e destinado a ser rabino.

Mas, depois de se manifestar o seu racionalismo e tendo ele recusado qualquer retratação, foi excomungado pela Sinagoga em 1656. Também as autoridades protestantes o desterraram como blasfemador contra a Sagrada Escritura. Spinoza reitrou-se, primeiro, para os arredores de Amsterdam, em seguida para perto de Leida e enfim refugiou-se em Haia. Aos vinte e cinco anos de idade esse filósofo, sem pátria, sem família, sem saúde, sem riqueza, se acha também isolado religiosamente.

Os outros acontecimentos mais notáveis na formação espiritual especulativa de Spinoza são: o contacto com Francisco van den Ende, médico e livre pensador; as relações travadas com alguns meios cristão-protestantes. Van den Ende iniciou-o no pensamento cartesiano, nas línguas clássicas, na cultura da Renascença; e nos meios religiosos holandeses aprendeu um cristianismo sem dogmas, de conteúdo essencialmente moralista.

Além destes fatos exteriores, nada encontramos de notável exteriormente na breve vida de Spinoza, inteiramente dedicada à meditação filosófica e à redação de suas obras. Provia pois às suas limitadas necessidades materiais, preparando lentes ópticas para microscópios e telescópios, arte que aprendera durante a sua formação rabínica; e também aceitando alguma ajuda do pequeno grupo de amigos e discípulos. Para não comprometer a sua independência especulativa e a sua paz, recusou uma pensão oferecida pelo "grande Condé" e uma cátedra universitária em Heidelberg, que lhe propusera Carlos Ludovico, eleitor palatino.

Uma tuberculose enfraquecera seu corpo. Após alguns meses de cama, Spinoza faleceu aos quarenta e quatro anos de idade, em 1677, em Haia. Deixou uma notável biblioteca filosófica; mas a sua herança mal chegou para pagar as despesas do funeral e as poucas dívidas contraídas durante a enfermidade.

Um traço característico e fundamental do caráter de Spinoza é a sua concepção prática, moral, de filosofia, como solucionadora última do problema da vida. E, ao mesmo tempo, a sua firme convicção de que a solução desse problema não é possível senão teoreticamente, intelectualmente, através do conhecimento e da contemplação filosófica da realidade.

As obras filosóficas principais de Spinoza são: a Ethica (publicada postumamente em Amsterdam em 1677), que constitui precisamente o seu sistema filosófico; o Tractatus theologivo-politicus (publicado anônimo em Hamburgo em 1670), que contém a sua filosofia religiosa e política.

A princípio desconhecido e atacado, o pensamento de Spinoza acabou por interessar e influenciar particularmente a cultura moderna depois de Kant (Lessing, Goethe, Schelling, Hegel, Schleiermacher, etc.), proporcionando ao idealismo o elemento metafísico monista, naturalmente filtrado através da crítica kantiana.

O Pensamento: Deus

A teologia de Spinoza é contida, substancialmente, no primeiro livro da Ethica (De Deo). Spinoza quereria deduzir de Deus racionalmente, logicamente, geometricamente toda a realidade, como aparece pela própria estrutura exterior da Ethica ordine geometrico demonstrata. Não nos esqueçamos de que o Deus spinoziano é a substância única e a causa única; isto é, estamos em cheio no panteísmo.

A substância divina é eterna e infinita: quer dizer, está fora do tempo e se desdobra em número infinito de perfeições ou atributos infinitos.

Desses atributos, entretanto, o intelecto humano conhece dois apenas: o espírito e a matéria, a cogitatio e a extensio. Descartes diminuiu estas substâncias, e no monismo spinoziano descem à condição de simples atributos da substância única.

Pensamento e extensão são expressões diversas e irredutíveis da substância absoluta, mas nela unificadas e correspondentes, graças à doutrina spinoziana do paralelismo psicofísico.

A substância e os atributos constituem a natura naturans. Da natura naturans (Deus) procede o mundo das coisas, isto é, os modos. Eles são modificações dos atributos, e Spinoza chama-os natura naturata (o mundo).

Os modos distinguem-se em primitivos e derivados. Os modos primitivos representam as determinações mais imediatas e universais dos atributos e são eternos e infinitos: por exemplo, o intellectus infinitus é um modo primitivo do atributo do pensamento, e o motus infinitus é um modo primitivo do atributo extensão.

As leis do paralelismo psicofísico, que governam o mundo dos atributos, regem naturalmente todo o mundo dos modos, quer primitivos quer derivados. Cada corpo tem uma alma, como cada alma tem um corpo; este corpo constituiria o conteúdo fundamental do conhecimento da alma, a saber: a cada modo de ser e de operar na extensão corresponde um modo de ser e de operar do pensamento. Nenhuma ação é possível entre a alma e o corpo - como dizia também Descartes - e como Spinoza sustenta até o fundo.

A lei suprema da realidade única e universal de Spinoza é a necessidade. Como tudo é necessário na natura naturans, assim tudo também é necessário na natura naturata. E igualmente necessário é o liame que une entre si natura naturans e natura naturata. Deus não somente é racionalmente necessitado na sua vida interior, mas se manifesta necessariamente no mundo, em que, por sua vez, tudo é necessitado, a matéria e o espírito, o intelecto e a vontade.

O Homem
Do primeiro livro da Ethica - cujo objeto é Deus - Spinoza passa a considerar, no segundo livro (De mente), o espírito humano, ou, melhor, o homem integral, corpo e alma. A cada estado ou mudança da alma, corresponde um estado ou mudança do corpo, mesmo que a alma e o corpo não possam agir mutuamente uma sobre o outro, como já se viu.

Não é preciso repetir que, para Spinoza, o homem não é uma substância. A assim chamada alma nada mais é que um conjunto de modos derivados, elementares, do atributo pensamento da substância única. E, igualmente o corpo nada mais é que um complexo de modos derivados, elementares, do atributo extensão da mesma substância. O homem, alma e corpo, é resolvido num complexo de fenômenos psicofísicos.

Mesmo negando a alma e as suas faculdades, Spinoza reconhece várias atividades psíquicas: atividade teorética e atividade prática, cada uma tendo um grau sensível e um grau racional.

A respeito do conhecimento sensível (imaginatio), sustenta Spinoza que é ele inteiramente subjetivo: no sentido de que o conhecimento sensível não representa a natureza da coisa conhecida, mas oferece uma representação em que são fundidas as qualidades do objeto conhecido e do sujeito que conhece e dispõe tais representações numa ordem fragmentária, irracional e incompleta.

Spinoza distingue, pois, o conhecimento racional em dois graus: conhecimento racional universal e conhecimento racional particular. A ordem oferecida pelo conhecimento racional particular nada mais é que a substância divina; abrange ela, na sua unidade racional, os atributos infinitos e os infinitos modos que a determinam.

E desse conhecimento racional intuitivo, místico, derivam necessariamente a felicidade e virtude supremas. Das limitações do conhecimento sensível decorrem o sofrimento e a paixão, dada a universal correspondência spinoziana entre teorético e prático.

Visto o paralelismo psicofísico de Spinoza, é claro que o conhecimento, no sistema spinoziano, não é constituído pela relação de adequação entre a mente e a coisa, mas pela relação de adequação da mens do sujeito que conhece a mens do objeto conhecido.

A Moral

Como é sabido, Spinoza dedica ao problema moral e à sua solução os livros III, IV e V da Ethica. No livro III faz ele uma história natural das paixões, isto é, considera as paixões teoricamente, cientificamente, e não moralisticamente. O filósofo deve humanas actiones non ridere, non lugere, neque detestari, sed intelligere; assim se exprime Spinoza energicamente no proêmio ao II livro da Ethica.

Tal atitude rigidamente científica, em Spinoza, é favorecida pela concepção universalmente determinista da realidade, em virtude da qual o mecanismo das paixões humanas é necessário como o mecanismo físico-matemático, e as paixões podem ser tratadas com a mesma serena indiferença que as linhas, as superfícies, as figuras geométricas.

Depois de nos ter oferecido um sistema do mecanismo das paixões no IV livro da Ethica, Spinoza esclarece precisamente e particularmente a escravidão do homem sujeito às paixões. Essa escravidão depende do erro do conhecimento sensível, pelo que o homem considera as coisas finitas como absolutas e, logo, em choque entre si e com ele.

Então a libertação das paixões dependerá do conhecimento racional, verdadeiro; este conhecimento racional não depende, entretanto, do nosso livre-arbítrio, e sim da natureza particular de que somos dotados.

No V e último livro da Ethica, Spinoza esclarece, em especial, a condição do sábio, libertado da escravidão das paixões e da ignorância. O sábio realiza a felicidade e a virtude simultânea e juntamente com o conhecimento racional.

Visto que a felicidade depende da ciência, do conhecimento racional intuitivo - que é, em definitivo, o conhecimento das coisas em Deus - o sábio, aí chegado, amará necessariamente a Deus, causa da sua felicidade e poder. Tal amor intelectual de Deus é precisamente o júbilo unido com a causa racional que o produz, Deus.

Este amor do homem para com Deus, é retribuído por Deus ao homem; entretanto, não é um amor como o que existe entre duas pessoas, pois a personalidade é excluída da metafísica spinoziana, mas no sentido de que o homem é idêntico panteisticamente a Deus. E, por conseguinte, o amor dos homens para com Deus é idêntico ao amor de Deus para com os homens, que é, pois, o amor de Deus para consigo mesmo (por causa precisamente do panteísmo).

Chegado ao conhecimento e à vida racionais, o sábio vive já na eternidade, no sentido de que tem conhecimento eterno do eterno. A respeito da imortalidade da alma, devemos dizer que é excluída naturalmente por Spinoza como sobrevivência pessoal porquanto pessoa e memória pertencem à imaginação. A imortalidade, então, não poderá ser entendida senão como a eternidade das idéias verdadeiras, que pertencem à substância divina.

De sorte que imortais, ou eternas, ou pela máxima parte imortais, serão as almas ou os pensamentos dos sábios, ao passo que às almas e aos pensamentos dos homens vulgares, como que limitados ao conhecimento e à vida sensíveis, é destinado o quase total aniquilamento no sistema racional da substância divina.

A Política e a Religião

Spinoza tratou particularmente do problema político e religioso no Tractatus theologico-politicus. Considera ele o estado e a igreja como meios irracionais para o advento da racionalidade. As ações feitas - ou não feitas - em vista das penas ou dos prêmios temporais e eternos, ameaçados ou prometidos pelo estado e pela igreja, dependem do temor e da esperança, que, segundo Spinoza, são paixões irracionais. Elas, entretanto, servem para a tranquilidade do sábio e para o treinamento do homem vulgar.

No estado de natureza, isto é, antes da organização política, os homens se encontravam em uma guerra perpétua, em uma luta de todos contra todos. É o próprio egoísmo que impede os homens a se unirem, a se acordarem entre si numa espécie de pacto social, pelo qual prometem renunciar a toda violência, auxiliando-se mutuamente. No entanto, não basta o pacto apenas: precisa o homem do arrimo da força para sustentar-se.

De fato, mesmo depois do pacto social, os homens não cessam de ser, mais ou menos, irracionais e, portanto, quando lhes fosse cômodo e tivessem a força, violariam, sem mais, o pacto. Nem há quem possa opor-se a eles, a não ser uma força superior, porquanto o direito sem a força não tem eficácia. Então os componentes devem confiar a um poder central a força de que dispõem, dando-lhe a incumbência e o modo de proteger os direitos de cada um. Só então o estado e verdadeiramente constituído.

Entretanto, o estado, o governo, o soberano podem fazer tudo o que querem: para isso têm o poder e, portanto, o direito, e se acham eles ainda no estado de pura natureza, do qual os súditos saíram.

O estado, porém, não é dominador supremo, porquanto não é o fim supremo do homem. Seu fim supremo é conhecer a Deus por meio da razão e agir de conformidade, de sorte que será a razão a norma suprema da vida humana.

O papel do estado é auxiliar na consecução racional de Deus. Portanto, se o estado se mantivesse na violência e irracionalidade primitivas, pondo obstáculos ao desenvolvimento racional da sociedade, os súditos - quando mais racionais e, logo, mais poderosos do que ele - rebelar-se-ão necessariamente contra ele, e o estado cairá fatalmente. Faltando-lhe a força, faltar-lhe-á também o direito. E de suas ruínas deverá surgir um estado mais conforme à razão. E, assim, Spinoza deduz do estado naturalista o estado racional.

O outro grande instituto irracional a serviço da racionalidade é, segundo Spinoza, a religião, que representaria um sucedâneo da filosofia para o vulgo. O conteúdo da religião positiva, revelada, é racional; mas é a forma que seria absolutamente irracional, pois o conhecimento filosófico de Deus decairia em uma revelação mítica; a ação racional, que deveria derivar do conhecimento racional com a mesma necessidade pela qual a luz emana do sol, decairia no mandamento divino heterônomo, a saber, a religião positiva, revelada, representaria sensivelmente, simbolicamente, de um modo apto para a mentalidade popular, as verdades racionais, filosóficas acerca de Deus e do homem; tais verdades podem aproveitar ao bem desse último, quando encarnadas nos dogmas.

Por conseguinte, o que vale nos dogmas não seria a sua formulação exterior, e sim o conteúdo moral; nem se deveria procurar neles sentidos metafísicos arcanos, porque o escopo dos dogmas é essencialmente prático a saber: induzir à submissão a Deus e ao amor ao próximo, na unificação final de tudo e de todos em Deus.