segunda-feira, 27 de abril de 2009

Considerações em Luz

( dos Santos )

Escrevi algumas frases que compartilho com os amigos.

Se queres a ti conhecer, admira quem lhe detesta e foge do que o idolatra, pois bem sabes que o ódio apara as arestas e a inveja corrompe a alma.

O medíocre sempre recrimina, taxa e ridiculariza, quando o faz põe em juízo sua métrica podre e fútil, como não reflete rumina, como rumina não reflete.

Pobre do vaidoso que aceita esmolas e teme a glória, não sabe que a esmola e mera concepção vazia dos que nada tem a dizer, enquanto a glória não é dita em palavras, mas eternizada no querer.

Ainda que a Luz brilhe, o Sol nasça, e a sabedoria se manifeste, para os cegos de coração nada disso surtirá efeito.

Despreza o bem, abomina o mal, não mede o teu juízo pelo da sociedade, abomina os extremos e segue com justeza o caminho do meio.

A religião tu ofereça as massas, a ti oferece a Luz.

O medo é como a sombra, nada ilumina e tudo apequena, a virtude é como a Luz de um novo dia, nada que exista por ela e esquecida.

Não te preocupas com o que comes, mas com o que dizes, pois tua língua envenena tua alma não o contrário.

Todos somos diferentes por isso tão iguais, hipócritas os que igualam a todos até mesmo os seres especiais.

O mestre é a criança humilde do parque, nada sabe e tudo vive, por saber de sua condição primária assim evolui.

Despreza a verdade absoluta como despreza o medo, ambos são demônios filhos da ignorância e do receio.

Se teu pai lhe ofende perdoa, se teu inimigo o ofende perdoa, mas se o medíocre o ofende ignora-o, não se rebaixe ao nada.

Há duas coisas que nunca mudam, a mediocridade humana e o medo do covarde, de resto tudo que existe é evolução.

O tolo teme o mal e nunca olha para si, o sábio teme a si, por isso aprimora sua alma e doma seu ego.

Céu ou inferno, quente ou frio, masculino ou feminino, deus ou diabo, a ti não parece extremos? E se assim o é evita-os e preserva a alma e espírito em busca do Eterno.

A paixão é efêmera, o Amor a virtude, seja senhor de sua vontade não escravo de seus desejos;

Se buscas o Saber honras a Lúcifer, se busca a Virtude honras a Cristo, porém se busca iluminar, junta o saber a virtude e assim iluminado será.

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domingo, 26 de abril de 2009

A paz que se renova

( dos Santos )

Caso o retalho
Tão belo tão falho
Seja ato primário
Teu divino atalho
Nada mais ao acaso
Um fardo pesar

Se, contudo me calo
Enxergo não falo
Refaço e me faço
Em instante perfeito
Repleto sereno
Sou mais que a penumbra

E assim vejo a Lua
Brilhosa perfeita
Uma quimera perdida
Inocente e desfeita

Quiseras assim
Ao mistério entrar
Perder encontrar
No acaso do ato
Meu silencio é trato
Que de posse do mundo
Uno esta.

"Lúcifer, abençoado seja!"

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sábado, 25 de abril de 2009

Um abrigo no frio, doloroso querer

( dos Santos )

Vaidade ou desvio
Suposto querer
Um abrigo no frio
Doloroso viver

Migalhas implora
Diz-me o porquê
Ouves o mundo
Em sussurro profundo
E esquece de tudo
Assim de você

Alma simplória
Não percebe não vê
Que ofensas são tuas
Formas de ser

Aprendes agora
Sábio o homem
Que tudo transforma
Evolui não se perde
E assim como agora
Ao Universo retorna.

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quaero – O caminho

( dos Santos )

Era noite no vilarejo de Karduc, mas não uma noite qualquer enfim chegara o grande dia para Quaero, por anos havia treinado a arte da espada com seu mestre e agora perante a grande fogueira iria definitivamente selar seu destino caminhando para as florestas de Malbec.

Havia em seus olhos grande medo e tensão, afinal imaginara este dia por diversas vezes e hoje perante todos da tribo iria ser enfim iniciado no sagrado ritual, pensara em todos os grandes que ali já estiveram, suas emoções, escolhas, dúvidas e medos. Não sabia ao certo o que lhe esperava além de sua tribo, mas isso de nada importava agora, apenas tinha em mente que tudo que havia feito em toda sua vida, todas as suas dores, suas lutas e glórias hoje enfim encontravam seu sentido de ser.

As pessoas aos poucos se aproximavam da sagrada fogueira ansiosas para verem Hamud o sábio e seu discípulo, mesmo não tendo certeza exata do que este ritual representava havia respeito por parte de todos, afinal acreditavam que este ritual abrandava a fúria dos deuses e por isso o respeitavam e o reverenciavam.

Por fim aparecendo das sombras escuras da noite Hamud lentamente caminhava para se juntar aos demais anciãos em volta do círculo, enquanto as outras pessoas a distancia apenas observavam o que acontecia, com um leve sinal de sua mão chamou seu discípulo Quaero para que ele ficasse dentro do circulo feito pelo fogo.

Hamud enquanto via seu discípulo entrando no sagrado círculo de fogo lembrava-se de quantos meninos já havia iniciado e quantos de fato haviam atravessado a noite escura, sabia que o rito que estava prestes a fazer nada mais era do uma despedida e como tal rezara antes pedindo para que Quaero estivesse enfim pronto para tudo que passaria longe de sua aldeia, sabendo, porém, que muito do aprendizado não pode ser ensinado, apenas vivido.

Rompendo suas reflexões olhou de novo para seu discípulo e pediu com toda força ao deus de seu coração que o ilumina-se na senda a qual seria iniciado.
Finalmente olhando para todos e depois fitando a Quaero falou:

- Hoje perante vocês um homem busca se encontrar, estava ele perdido morto em sua vida e agora perante o fogo, elo condutor dos mundos visível e invisível, novamente busca se encontrar.

- Assim como outrora, invoco os santos mestres para que compartilhem desta sagrada cerimônia, que a máxima agora se cumpra diante deste sagrado circulo, pois é direito e dever de todo o homem buscar o divino e assim retornar a sua essência.
Segurando firmemente seu cajado ergueu-o em direção a lua para dissipar as nuvens que a encobriam, voltando-se mais uma vez para seu discípulo continuou.

- Aquele que busca pelo caminho assim também o caminho o buscará, aquele que se perde enfim se encontrará. Se em seu intimo anseias apenas por tesouros e riquezas advirto-o agora, pois nada além de pó tu acharás, contudo se for digno e se em seu coração houver pureza que teus passos sejam firmes e tua busca legitimada.

- Porém saiba que todo aquele que busca será em algum momento testado pela noite escura. Por isso carrega contigo a única e verdadeira pergunta que deve ser respondida ao fim de sua jornada, quem tu és?

Quaero ajoelhado entre o circulo sagrado apenas olhava seu mestre, entre as lágrimas que escorriam por seus olhos lembrava-se da primeira vez que vira Hamud e de suas lições, lembrou-se também de

Deus e novamente o agradeceu por estar dando mais um passo na senda sagrada, após sua reza olhou para Hamud que o esperava terminar como que entendendo seus pensamentos, e assim seus olhos se cruzaram e Hamud continuou:

- Assim como meu mestre darei a ti o único conselho possível: ouve teu coração e o segue, pois muitos serão os perigos, muitas serão as tristezas e lágrimas, nada lhe será dado e tudo que tens lhe será tirado a fim de testar sua vontade, porém se assim como a árvore persistires sobre o trovão a ti lhe será dada a chave para todos os mistérios.
Após estas palavras Hamud adentrou no sagrado círculo, caminhando em direção a seu discípulo colocou por fim sua mão esquerda sobre a cabeça de Quaero e disse:

- Filho deve agora seguir teu destino, mas lembra-te sempre: seja duro como a árvore e flexível como o vento, ágil como o lobo e sagaz como a cobra, e assim faz da tua busca abençoada pelos grandes mestres, que o Deus de teu coração vele por teus passos, pois tua busca é santa e deve agora ser iniciada, nunca se esqueça da máxima: muitos são os chamados e poucos os escolhidos, e ao lembrar caminhas, pois és abençoado e tens agora a força do Universo em todo seu resplendor.

Tirando sua mão e erguendo novamente seu cajado olhou para seu discípulo agora com uma compaixão jamais vista por Quaero, voltando-se ao céu disse como se a lua o olha-se, disse:

- Levanta homem e perde-se, pois ao se perder enfim se encontrará, nada mais tenho a lhe ensinar que o caminho não o ensine, vá e que os grandes Iniciados sejam tuas testemunhas, pois escolhestes a Morte como companheira e a Solidão como amante, vá e abençoado sejas.

Quaero pondo-se de pé ainda dentro do sagrado círculo olhou mais uma vez para as pessoas ali presentes, sabia que não podia mais ficar, sabia que seu futuro se fazia presente e deveria partir, de agora seguir sua jornada.

Ainda sim olhou uma última vez para Hamud e por segundos que pareceram eternos viu o olhar paterno e todo o carinho de homem que por anos fora como seu pai, lentamente ainda olhando para trás saiu do sagrado círculo em direção ao seu cavalo que já se encontrava selado, afinal havia uma jornada a ser feita, uma nova jornada da Alma.

“Jesus ensinava as massas carentes de instrução, Apôlonio aos espíritos livres sedentos por iluminação, abençoado sejas Apôlonio mestre dos mestres.”
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domingo, 19 de abril de 2009

Na noite da alma que clama que cala

( dos Santos )

PossoDesejar sem querer
Querer sem estar
E próximo de mim
Tão longe de Amar?

E assim
Viver sem chorar
E se chorar não perder
A força de ter
Algo mais para dar?

Talvez e, contudo
Seja verbo divino
Exposto e belo
Que faz o sentido
Se perder ao teu verso

E no pouco de tudo
Assim é contigo
Desenhas teu mundo
No fato um sussurro
Pois escreves ao vento
Juras a calma
Sem medo ou receio
Teu ideal esquecido

Possas assim
Na noite da Alma
Perfeito supor
Seguir e querer
E novamente ao Amor
Voltar a viver.

"O ideal é um gesto do espírito buscando a perfeição " José Ingenieros

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sábado, 18 de abril de 2009

Chorei em tuas vestes

( dos Santos )

MORTE

Chorei em tuas vestes
Derramei em tua dor
Minha frase nunca dita
Um hino de louvor

Escrevi na terra plana
Minha alma minha sina
Andei estradas negras
Hoje tuas antes minhas

Saudades são histórias
Que contei a solidão
Passagens de uma vida
Versos sem canção

VIDA

Cantei em belos versos
Uma vida de passagens
Solidão virou saudade
Nunca vi até mais tarde

Chorei em tuas vestes
Minha frase nunca dita
Nosso hino de Amor
Derramei em prosa e verso
O encontro da essência
Face ao Universo

Histórias e saudades
Guardo em meu peito
As levo em verdade
Sem dor nem mesmo apego

Contei assim ao velho sábio
O sentido de viver

Viver e aprender
A passar por esta Terra
Sem magoas ou rancor
Amar intensamente
Para sempre por Amor.

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domingo, 12 de abril de 2009

A paz de um outro ‘EU’

( dos Santos )

Penso

Meu mundo em grande sonho

Um vazio finito de possibilidades

Mergulhado em minhas causas

Perdido por meus feitos

Idas e vindas

Sinceras e minhas

Penso

Na eterna inconstância de ser

Um eterno estar pra ficar

E antes que assim possa saber

Tudo passa, tudo sempre passará

Mudar é o fato

Algo como um beijo molhado

Que transformo ao acaso

Em alegria ou fardo

Então digo a mim

Viver é assim:

“O despertar da Alma

Nova face na navalha

Um disfarce perfeito

Meu desabrochar derradeiro”

E antes que perceba

Meu escrito se perdeu

Sobrou a solidão

Na paz de um outro ‘EU’.

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sábado, 11 de abril de 2009

A essência do Amor liberta da vaidade



A essência do Amor liberta da vaidade

( dos Santos )

Mais que um verso solto

Ou apenas teu esboço

Serão lembranças boas

Ou algo mais neste rosto?


Em teu ponto de partida

Procura sem apreço

Um zelo confiante

A vida em seu instante

Que queres conhecer


Que o fogo então te aqueça

A terra o conforte

Como água se adapte

E o ar lhe tudo guarde

Assim;

Aprende com os extremos

Que o meio é a verdade

E anuncia sem mistério

A essência do Amor

Que liberta da vaidade.

"Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência.

Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão."

- Lao Tse.

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domingo, 5 de abril de 2009

O Amor ao próximo

( dos Santos )

Olá amigos;

Há tempos me deparo com uma dúvida cruel a cerca de nossa sociedade pergunto-me qual a razão de tantas barbaridades e violência, quais os motivos reais disto?

Muitos dirão ou apontarão vários indícios ou fatores para este declínio, tais como: falta de educação, maus valores, consumismo exacerbado, ganância etc..

Certamente muitos são os fatores externos visíveis dos quais poderíamos falar, contudo creio não ser este o real problema, apenas e tão somente estas são suas folhas e não sua real causa.Creio que a verdadeira raiz do problema seja a falta de “Amor ao próximo” e passarei agora a expor em que fundamento minha opinião.

Acredito que o fator mais visível de falta de Amor ao próximo seja o egoísmo, cada vez mais o homem moderno se torna egoísta, isto é, mais preocupado consigo e menos com os outros, pensa ele que a preocupação coletiva é de responsabilidade dos governantes atribuindo assim há degradação da sociedade ao fato de péssimas administrações ou governos.

Não vê ou se apercebe que todos somos responsáveis e assim acredita que ao dar esmolas cumpre com sua parte na sociedade, quando na verdade apenas afasta de si suas reais responsabilidades.

Ao agir assim não entende a importante lei da física que nos diz: "toda ação corresponde uma reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários". Oras se acreditamos nesta lei seria ingenuidade achar que a ação de cada um (mesmo a indiferença ou egoísmo) não gere uma outra reação como resposta.

Vamos a outra constatação, se é sabido que em um barril cheios de maças boas basta apenas uma podre para que todas se estraguem, entedemos por esta o porque de amar o nosso próximo.

Como assim?

Bem se acreditarmos que toda ação gera uma reação é que no seio de nossa sociedade (maças) basta um elo podre para corromper a tudo e a todos, acreditamos então que somente quando mudarmos nossas atitudes, mudaremos a sociedade em que vivemos.

Afinal pouco adianta mais présidios ou uma polícia mais repressora se não mudamos o que somos por dentro, se não entendemos que apenas poderemos ser felizes quando nosso próximo assim o é, pois se é fato que tudo volta (ação/reação), é fato também que o amor que fazemos a outros volta novamente para nos, pensando assim ao fomentarmos o amor como resposta estaremos quebramos o círculo vicioso do ódio e da indiferença e desta maneira mudando realmente o coração do homem, gerando novas possibilidades para uma nova e mais humana sociedade.

Afinal se tudo que pensamos, falamos ou fazemos tem sua força e energia, que usemos isso em prol de um bem maior, afinal não podemos almejar a felicidade enquanto nosso próximo e privado dela.

Faz-se necessário mudar nosso egoísmo tão cego em prol de uma coletividade maior, para que assim possamos plantar as sementes de um novo amanhã.Por fim;

Se hoje cada homem ou mulher puder mesmo que por alguns segundos amar seu próximo sem nada esperar, sem nada querer, e permitir que a corrente do verdadeiro amor se manifeste, com certeza estaremos caminhando a passos largos para um novo amanhã.

Abraços;

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sábado, 4 de abril de 2009

Versar com Paixão, Amar com prazer


Versar com Paixão, Amar com prazer

( dos Santos )


De fato

Não posso querer

Controlar pra dizer

Possuir ou fazer

Obrigar a viver


E se faço assim

De certo não sei

O que quer dizer

"Eu amo você"


Amar é viver

O eterno sonhar

Liberto pra ir

Alegre ao voltar


E faço assim

Das palavras e frases

Sentimentos sem crases


Pois;

Conhecer o Amor

É versar com paixão

Voar sem saber

Até perder a razão.


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