O Martinismo no Brasil
Os primórdios do Martinismo no Brasil se encontram na cidade de Curitiba no início do século. É formado nesta cidade o Centro Esotérico "Luz Invisível" autorizado e filiado ao Grupo Independente de Estudos Esotéricos de Papus.
Sua Carta Constitutiva data de 10/07/1900 e entre seus membros destacamos o Dr. Generoso Borges. Este grupo funcionou durante alguns anos e em 1904 já havia no Paraná alguns Martinistas.
Em 1904 , foi nomeado o Prof. Dario Velloso como Soberano Delegado Geral da Ordem Martinista para o Brasil pelo Supremo Conselho presidido por Papus, através da Carta Patente número 141. O poeta e filósofo Dario Velloloso era S.I. IV( XDR/8 ) , iniciado por Papus.
Após alguns anos tentando organizar a Ordem Martinista no Brasil , sem grande êxito , abandonou tudo para dedicar-se à fundação do seu "Instituto Neo-Pitagórico" , em Curitiba no ano de 1909.Em 1907 encontramos em São Paulo a Loja Martinista "Amor e Verdade" dirigida pelo Dr. Horácio Carvalho, sem podermos precisar a data de sua instalação nem tão pouco sua filiação .
O interessante é que nesta data (1907) é iniciado nesta loja o português Antonio Olivio Rodrigues conhecido iniciáticamente como AOR , o qual em pouco tempo atinge o grau S.I. e em adaptação do recebido em tais fontes lança em 1909 , os estatutos iniciais do "Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento".Gostaríamos de fazer uma observação interessante quanto a data de fundação no Brasil destes dois movimentos: Instituto Neo-Pitagórico e Círculo Esotérico ambos ocorrido no ano de 1909 , ano em que segundo o Dr. Spencer Lewis "mais movimentos místicos do mundo renasceram , foram reformados ou sofreram alterações em seu gênero de atividades, do que em qualquer outro ano da história do ocultismo".
Foi o ano em que o Dr. Spencer Lewis visitou a França e foi iniciado na "Ordre Rose-Croix" ; ano em que Max Heindel viajou para a Europa a fim de obter informações rosacruzes , além de outros que sentiram a inspiração de obter o conhecimento esotérico e criar movimentos.Em 25/02/1910 desembarcaram em Buenos Aires , vindos de Paris, Albert Raymond Costet de Mascheville, sua esposa e seu filho, Leo Costet de Mascheville, então com 10 anos.
A família Mascheville teve um papél importante na implantação e desenvolvimento do Martinismo na América do Sul. Albert Raymond , visconde de Mascheville, violinista , dava concertos em vários teatros conhecidos de Paris , quando em 1892 foi iniciado na "Ordem Martinista" por Sedir e recebeu naquela ocasião o nome místico de CEDAIOR e nome esotérico SDR/2H , ou seja , foi o oitavo discípulo iniciado por Sedir.
Em 1895 já S.I. , foi nomeado por Papus, Delegado Especial do Supremo Conselho da Ordem Martinista, conhecendo vários personagens importantes do movimento esotérico da época tais como:Péladan , Barlet, Oswald Wirth, Lermina e outros. É enviado no final do século ao Egito em missão especial da "Ordem Martinista" e da "Ordre Kabbalistique de La Rose-Croix" paraentrar em contato com certas fraternidades de lá e realizar estudos sobre o simbolismo e sobre cerimoniais iniciáticos. Percorre desde Damieta e Alexandria até Karnak, tendo permanecido longo tempo no Cairo , onde sua amizade com Mariette-Bey , então conservador do museu do Cairo , o serviu muito. O resultado destes estudos foram analisados por Sedir e Papus , permitindo melhor documentar certos pontos da antiga estrutura dos Templos e de seus ensinamentos. Portanto quando chega a Argentina com a família já trazia uma bagagem de realizações no campo do esoterismo. Após residir alguns anos na Argentina muda-se na década de 20 para o Brasil fixando residência em Porto Alegre.
No final de 1924 , chega ao Brasil , seu filho Leo Alvarez Costet de Mascheville, após uma estadia de anos na Europa, onde além de prestar serviço militar na França , recebeu do pai a missão de observar o estado da Ordem Martinista e Ordre Kabbalistique de La Rose-Croix na Europa. No final da década de 20 a família muda-se para Curitiba onde Leo, conhecido como "Jehel" nos meios martinistas e mais tarde como Sri Sevânanda Swami, insiste na revivificação da Ordem Martinista. Então pai e filho, organizam mais amplamente o Martinismo, que já conta com iniciados em vários Estados do Brasil e com uma loja funcionando em Curitiba (Resp. Loj. Hermanubis, Fil... Desc... Jehel). Em 1936 "Jehel"recebe do pai o cargo de Presidente da Ordem Martinista. Em 1939, "Jehel" reorganiza a Ordem Martinista da América do Sul, em Porto Alegre, fundando uma loja central com o nome de CEDAIOR. Seu pai, Cedaior, passa pela transição em 1943, nesta cidade. Apósuma estadia no Uruguai "Jehel" retorna ao Brasil para fundar na noite de 19 a 20 de novembro de 1953, em Resende, Estado do Rio, o Monastério Essênio e Ashram de Sarva Yoga "AMO-PAX".
Durante 7 anos, em Resende, treinará vários discípulos nas diversas linhas de esoterisno dos quais era depositário, além do martinismo. Em 1961, encerra o ciclo "Setenário"do Monastério, vende as terras e parte para Santa Catarina onde vive no retiro Alba Lucis, em Lajes, escrevendo em 4 volumes sua obra-prima o "Mestre Philippe de Lyon" tendo como co-autor do primeiro volume o seu grande amigo Dr. Philippe Encausse (1906-1984), filho de Papus (Philippe Encausse com Robert Ambelain e outros, fundaram na França, em outubro de 1952, um movimento martinista denominado "Ordem Martinista de Papus" , tendo como orgão oficial a revista L’Initiation , idealizada por Papus em 1898).Em 1969 retira-se para o "Sítio dos Peregrinos" em Betim, M.G., onde passa pelatransição em 1970.
A esses pioneiros do Martinismo no Brasil são aplicados os versos abaixo:"Que as Rosas floresçam sobre a Cruz de tua tumba, como floresceram na Luz Emanada de teu Sacrifício, de teu Coração. E siga fecunda a trajetória de Tua Missão." E para encerrar esta breve história do Martinismo no Brasil, gostaríamos de citar o lançamento da TOM no Brasil, durante a XI Convenção Nacional Rosacruz, em outubro de 1986, em Curitiba.
Este lançamento na verdade foi a primeira etapa, pois foi apenas para "membros no lar", sendo que o trabalho de Templo ou Heptada foi lançado sòmente em 1993 com a cosagração do Templo Martinista da Grande Heptada no dia 21-01-1993, contando com a presença dos martinistas previamente iniciados na França durante a Primeira Excursão Místico-Cultural à Europa em fins de 1991.
Atualmente, dezembro de 1995, o Brasil conta com 13 heptadas a fim de levar a Luz Martinista da TOM-AMORC àqueles que dela necessitam. O Muito Excelso Mestre PHILIPPE de Lyon Papus Dario Vellozo ( Parmenides)1869-1937 Fundador doInstituto Neo-Pitagórico Templo das Musas, do Instituto Neo-Pitagórico, narua Professor Dario Vellozo, 460, Curitiba, Paraná.
Antônio Olívio Rodrigues (AOR)1879-1943 Fundador do "Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento" O Templo, do Círculo Esotérico, na Rua Rodrigo Silva, 169, São Paulo, S. P. O Templo, do Círculo Esotérico, na Praça Almeida Junior, 100, São Paulo, S.P. Albert
Raymond Costet de Mascheville (Cedaior) .
Cantinho místico de sentimentos, poesias, contos e sabores. Amores para uma vida.
Sejam bem vindos.
HOME | MEUS LINK'S | OBRAS PÚBLICADAS | ONDE ESCREVO
sábado, 27 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
sábado, 20 de setembro de 2008
Thelema
Thelema
A Filosofia
A palavra Thelema (pronuncia-se Télema) tem origem grega e significa Vontade ou Intenção. Mas este termo é associado a uma doutrina registrada pela primeira vez na literatura no século XVI. No ano de 1532, François Rabelais cita em sua aventura épica Gargantua e Pantagruel, a fundação de uma abadia de Thelema. Segundo o autor, uma doutrina que se chocava com os ideais católicos da época.
A proposta do Thelema está baseada essencialmente na liberdade e individualidade humana; ou seja, o cultivo e satisfação plena das próprias vontades. Estas bases ficam evidentes nos principais conceitos que regem: "Faça o que tu queres, pois há de ser tudo da lei"; "Todo homem e toda mulher é uma estrela"; "Tu não tens o direito, se não fazer a tua vontade..." Para os adeptos, estes princípios sintetizam a doutrina.
No Thelema toda ação individual é válida, pois é necessária a evolução. Porém, é importante que cada indivíduo descubra-se interiormente pela própria espiritualidade e una-se ao seu Ego através do amor. Desta forma descubra a Vontade Verdadeira que existe em si, e que é a motivação real da existência. A busca e o exercício da Vontade Verdadeira é a ação que move o ser em direção a iluminação. Por ser única, esta Vontade não colide com a Vontade alheia. "O Amor é a Lei sob a Vontade..." Portanto, cada ser da criação é único e especial; possui vontades e necessidades únicas que devem ser supridas.
Por estar fixado em conceitos pessoais, o Thelema pode variar muito em sua interpretação entre os adeptos; já que a vontade individual é o principal mecanismo de busca da auto-satisfação. Por esse motivo não é considerado uma religião, já que não existe uma divindade central específica; pode abrigar vários tipos de crenças e funcionar como um complemento da religiosidade, de acordo com a vontade do indivíduo. Porém, em seu desenvolvimento ao longo dos anos, o Thelema tornou-se um sistema mágico com características próprias; agregando em si correntes como a Draconiana, Tifoniana e Ofidioniana. Também influenciou outros sistemas como a Magia Ritual, Magia Sexual e as Artes Divinatórias.
A doutrina foi citada por vários pensadores e estudiosos em inúmeras publicações no decorrer dos séculos. Mas se expandiu apenas por volta de 1938, quando o inglês Aleister Crowley publicou o Liber Al vel Legis.
Atualmente, o Thelema é visto com uma certa hostilidade por aqueles que o conhecem superficialmente. O nome de Crowley está muito associado a esta doutrina, e os mitos que cercaram sua vida prestam uma imagem negativa a esta doutrina. Além disso, a noção libertária dos conceitos thelêmicos pode transmitir um falso aspecto egoísta, onde valoriza-se exageradamente a própria vontade e menospreza-se o altruísmo. Na verdade "O Amor é a Lei sob a Vontade", e "Todo homem e toda mulher é uma estrela..." Aqui fica evidente que o Amor se sobrepõe aos outros valores, e a individualidade humana é divinizada, respeitada por que cada um é uma estrela.
Crowley: Breve Biografia
Edward Alexander Crowley nasceu em 12 de Outubro de 1875, em Leamington, Inglaterra. Recebeu de seus pais uma rígida educação cristã, da qual hostilizava desde a infância. Freqüentou o Trinity College da Universidade de Cambridge e formou-se em química.
Crowley conheceu George Cecil Jones, membro do Amanhecer Dourado: uma sociedade secreta que transmitia ensinamentos relativos à astrologia, magia, cabala, alquimia e outros temas herméticos. Assim, aos 23 anos foi iniciado nesta sociedade e rapidamente elevou-se em sua hierarquia. Numa viagem ao Egito em 1904, Crowley e sua esposa vivenciaram as experiências que resultariam no livro da filosofia thelêmica, o Liber Al vel Legis.
Após a morte de sua filha em 1906, Crowley reuniu-se novamente com Cecil Jones e criou a Astrum Argentium: uma ordem iniciática que dava continuidade ao já extinto Amanhecer Dourado. Aqui foram implantados e difundidos os primeiros conceitos do Thelema. Nos anos seguintes, Crowley dedica-se aos estudos, escreve e publica vários livros de cunho poético-místico.
Em 1909, Crowley e Rose Kelly se separam. No ano seguinte, o inglês é convidado por Theodore Reuss e ingressa na Ordo Templi Orientis (O.T.O): uma ordem alemã composta dos mais elevados Maçons. Assim, teve a oportunidade de desenvolver a filosofia thelêmica na O.T.O, que posteriormente se desligaria totalmente da Maçonaria.
Em 1910 escreve o Liber CCCXXXIII, que seria publicado em 1913 e maldosamente classificado como o Livro das Mentiras. Nos anos posteriores, prossegue escrevendo e publicando várias obras relacionadas ao ocultismo. Em Abril de 1920, Crowley funda a Abadia de Thelema, na Sicília, Itália. Ordem que seria extinta em três anos, quando Mussolini o expulsaria do país.
A publicação de Confessions of Aleister Crowley em 1930, proporcionou ao autor a oportunidade de conhecer pessoalmente o poeta lusitano Fernando Pessoa, que também era astrólogo. Pessoa enviou uma carta a Crowley avisando-o que seu mapa astral estava incorreto. O inglês respondeu e manifestou sua vontade de conhecer o poeta. Assim, o encontro deu-se no porto de Lisboa. Nos anos seguintes, suas publicações mais significativas foram o Liber Al vel Legis, em 1938, e em 1942 o Liber OZ: manifesto dos direitos e deveres do homem; muito semelhante ao que ainda seria criado pela ONU.
Crowley passou grande parte de sua vida viajando, escrevendo e estudando diversas culturas ocultistas, bancado pela herança de sua família e doações de amigos e discípulos. Demonstrava um ávido desejo de sabedoria. Foi intelectualmente privilegiado, destacando-se desde a infância, quando lia a bíblia em voz alta e era prodígio nas disciplinas escolares, até os elevados graus que alcançou nas sociedades secretas que participou em todo o planeta. Vários de seus discípulos deram continuidade ao seu legado, criando ordens ao redor do mundo e estabelecendo um novo rumo dos pensadores contemporâneos, influenciando de forma significativa o universo ocultista e artístico desta época.
No Brasil, Raul Seixas e Paulo Coelho são frutos diretos do legado de Crowley. Entre outras, as músicas A Lei e Sociedade Alternativa (de autoria de ambos), não apenas mencionam, mas dissertam sobre os conceitos do mago inglês.
Edward A. Crowley incorporou vários pseudônimos criados por ele mesmo (incluindo Aleister, Mega Therion, 666, A Besta...), ou atribuídos pela imprensa, como: O Homem mais perverso do mundo. Teve uma vida polêmica que se opôs aos conceitos puritanos e retrógrados de sua sociedade. Morreu pobre e doente aos 72 anos, no dia 1º de dezembro de 1947 em Hastings, Inglaterra, vítima de bronquite e complicações cardíacas.
Liber Al vel Legis
Em Abril de 1904, Crowley e sua esposa Rose Kelly viajaram para o Egito. Neste período, Rose passou a entrar em transe repentinamente e declarar que a divindade egípcia Horus tentava comunicar-se com Crowley através dela.
Assim, o casal visitou o museu do Cairo e identificou a Estela da Libertação: um painel egípcio da 26º Dinastia onde um sacerdote oferece sacrifício ao deus Horus. Este fato foi uma revelação mística interpretada por Crowley. Dessa forma, ouvindo os ditos de Rose em estado meditativo, que falava em nome da divindade Aiwass, deu início ao trabalho que duraria três dias consecutivos, sempre entre as 12 e 13 horas, e se tornaria o Liber Al vel Legis (Líber Legis ou Livro da Lei), onde Thelema é citado como a palavra de ordem.
Durante 34 anos, Crowley estudou o significado do Liber Legis, publicando-o apenas em 1938. Este é o seu primeiro livro de princípios místicos. Possui uma linguagem simples mas interpretativa, onde é necessária muita aplicação para uma compreensão mínima. Além disso, o livro cita em suas entrelinhas algumas profecias e fatos ocorridos na história da humanidade.
Segundo o Livro da Lei, os deuses se revezam na condução dos destinos dos planetas por um período de 2000 anos. Cada um de seus três capítulos faz referência a uma era (Aeon) da evolução humana. O primeiro capítulo caracteriza o Aeon de Ísis: regido pelo arquétipo da divindade feminina. Quando o Universo é concebido como alimento direto da deusa.
O segundo capítulo está relacionado ao Aeon de Osíris, onde predomina o arquétipo do deus morto e o domínio das religiões patriarcais (talvez uma alusão ao Cristianismo). Neste período que se inicia aproximadamente em 500 a. C., a humanidade sofrerá as revoluções necessárias e inerentes à sua evolução: catástrofes, amor, morte e ressurreição.
O terceiro e último capítulo descreve o início do Aeon de Horus, filho de Isis e Osíris. Neste período que é inaugurado em 1904, cada ser se caracterizará como célula única da humanidade, e o desenvolvimento individual será essencial para a iluminação do coletivo. Este é o período do crescimento da criança (humanidade) através de suas próprias experiências. A Lei é a Vontade, que será revelada integralmente, e o Thelema se estabelecerá como a bússola da espiritualidade humana.
A Filosofia
A palavra Thelema (pronuncia-se Télema) tem origem grega e significa Vontade ou Intenção. Mas este termo é associado a uma doutrina registrada pela primeira vez na literatura no século XVI. No ano de 1532, François Rabelais cita em sua aventura épica Gargantua e Pantagruel, a fundação de uma abadia de Thelema. Segundo o autor, uma doutrina que se chocava com os ideais católicos da época.
A proposta do Thelema está baseada essencialmente na liberdade e individualidade humana; ou seja, o cultivo e satisfação plena das próprias vontades. Estas bases ficam evidentes nos principais conceitos que regem: "Faça o que tu queres, pois há de ser tudo da lei"; "Todo homem e toda mulher é uma estrela"; "Tu não tens o direito, se não fazer a tua vontade..." Para os adeptos, estes princípios sintetizam a doutrina.
No Thelema toda ação individual é válida, pois é necessária a evolução. Porém, é importante que cada indivíduo descubra-se interiormente pela própria espiritualidade e una-se ao seu Ego através do amor. Desta forma descubra a Vontade Verdadeira que existe em si, e que é a motivação real da existência. A busca e o exercício da Vontade Verdadeira é a ação que move o ser em direção a iluminação. Por ser única, esta Vontade não colide com a Vontade alheia. "O Amor é a Lei sob a Vontade..." Portanto, cada ser da criação é único e especial; possui vontades e necessidades únicas que devem ser supridas.
Por estar fixado em conceitos pessoais, o Thelema pode variar muito em sua interpretação entre os adeptos; já que a vontade individual é o principal mecanismo de busca da auto-satisfação. Por esse motivo não é considerado uma religião, já que não existe uma divindade central específica; pode abrigar vários tipos de crenças e funcionar como um complemento da religiosidade, de acordo com a vontade do indivíduo. Porém, em seu desenvolvimento ao longo dos anos, o Thelema tornou-se um sistema mágico com características próprias; agregando em si correntes como a Draconiana, Tifoniana e Ofidioniana. Também influenciou outros sistemas como a Magia Ritual, Magia Sexual e as Artes Divinatórias.
A doutrina foi citada por vários pensadores e estudiosos em inúmeras publicações no decorrer dos séculos. Mas se expandiu apenas por volta de 1938, quando o inglês Aleister Crowley publicou o Liber Al vel Legis.
Atualmente, o Thelema é visto com uma certa hostilidade por aqueles que o conhecem superficialmente. O nome de Crowley está muito associado a esta doutrina, e os mitos que cercaram sua vida prestam uma imagem negativa a esta doutrina. Além disso, a noção libertária dos conceitos thelêmicos pode transmitir um falso aspecto egoísta, onde valoriza-se exageradamente a própria vontade e menospreza-se o altruísmo. Na verdade "O Amor é a Lei sob a Vontade", e "Todo homem e toda mulher é uma estrela..." Aqui fica evidente que o Amor se sobrepõe aos outros valores, e a individualidade humana é divinizada, respeitada por que cada um é uma estrela.
Crowley: Breve Biografia
Edward Alexander Crowley nasceu em 12 de Outubro de 1875, em Leamington, Inglaterra. Recebeu de seus pais uma rígida educação cristã, da qual hostilizava desde a infância. Freqüentou o Trinity College da Universidade de Cambridge e formou-se em química.
Crowley conheceu George Cecil Jones, membro do Amanhecer Dourado: uma sociedade secreta que transmitia ensinamentos relativos à astrologia, magia, cabala, alquimia e outros temas herméticos. Assim, aos 23 anos foi iniciado nesta sociedade e rapidamente elevou-se em sua hierarquia. Numa viagem ao Egito em 1904, Crowley e sua esposa vivenciaram as experiências que resultariam no livro da filosofia thelêmica, o Liber Al vel Legis.
Após a morte de sua filha em 1906, Crowley reuniu-se novamente com Cecil Jones e criou a Astrum Argentium: uma ordem iniciática que dava continuidade ao já extinto Amanhecer Dourado. Aqui foram implantados e difundidos os primeiros conceitos do Thelema. Nos anos seguintes, Crowley dedica-se aos estudos, escreve e publica vários livros de cunho poético-místico.
Em 1909, Crowley e Rose Kelly se separam. No ano seguinte, o inglês é convidado por Theodore Reuss e ingressa na Ordo Templi Orientis (O.T.O): uma ordem alemã composta dos mais elevados Maçons. Assim, teve a oportunidade de desenvolver a filosofia thelêmica na O.T.O, que posteriormente se desligaria totalmente da Maçonaria.
Em 1910 escreve o Liber CCCXXXIII, que seria publicado em 1913 e maldosamente classificado como o Livro das Mentiras. Nos anos posteriores, prossegue escrevendo e publicando várias obras relacionadas ao ocultismo. Em Abril de 1920, Crowley funda a Abadia de Thelema, na Sicília, Itália. Ordem que seria extinta em três anos, quando Mussolini o expulsaria do país.
A publicação de Confessions of Aleister Crowley em 1930, proporcionou ao autor a oportunidade de conhecer pessoalmente o poeta lusitano Fernando Pessoa, que também era astrólogo. Pessoa enviou uma carta a Crowley avisando-o que seu mapa astral estava incorreto. O inglês respondeu e manifestou sua vontade de conhecer o poeta. Assim, o encontro deu-se no porto de Lisboa. Nos anos seguintes, suas publicações mais significativas foram o Liber Al vel Legis, em 1938, e em 1942 o Liber OZ: manifesto dos direitos e deveres do homem; muito semelhante ao que ainda seria criado pela ONU.
Crowley passou grande parte de sua vida viajando, escrevendo e estudando diversas culturas ocultistas, bancado pela herança de sua família e doações de amigos e discípulos. Demonstrava um ávido desejo de sabedoria. Foi intelectualmente privilegiado, destacando-se desde a infância, quando lia a bíblia em voz alta e era prodígio nas disciplinas escolares, até os elevados graus que alcançou nas sociedades secretas que participou em todo o planeta. Vários de seus discípulos deram continuidade ao seu legado, criando ordens ao redor do mundo e estabelecendo um novo rumo dos pensadores contemporâneos, influenciando de forma significativa o universo ocultista e artístico desta época.
No Brasil, Raul Seixas e Paulo Coelho são frutos diretos do legado de Crowley. Entre outras, as músicas A Lei e Sociedade Alternativa (de autoria de ambos), não apenas mencionam, mas dissertam sobre os conceitos do mago inglês.
Edward A. Crowley incorporou vários pseudônimos criados por ele mesmo (incluindo Aleister, Mega Therion, 666, A Besta...), ou atribuídos pela imprensa, como: O Homem mais perverso do mundo. Teve uma vida polêmica que se opôs aos conceitos puritanos e retrógrados de sua sociedade. Morreu pobre e doente aos 72 anos, no dia 1º de dezembro de 1947 em Hastings, Inglaterra, vítima de bronquite e complicações cardíacas.
Liber Al vel Legis
Em Abril de 1904, Crowley e sua esposa Rose Kelly viajaram para o Egito. Neste período, Rose passou a entrar em transe repentinamente e declarar que a divindade egípcia Horus tentava comunicar-se com Crowley através dela.
Assim, o casal visitou o museu do Cairo e identificou a Estela da Libertação: um painel egípcio da 26º Dinastia onde um sacerdote oferece sacrifício ao deus Horus. Este fato foi uma revelação mística interpretada por Crowley. Dessa forma, ouvindo os ditos de Rose em estado meditativo, que falava em nome da divindade Aiwass, deu início ao trabalho que duraria três dias consecutivos, sempre entre as 12 e 13 horas, e se tornaria o Liber Al vel Legis (Líber Legis ou Livro da Lei), onde Thelema é citado como a palavra de ordem.
Durante 34 anos, Crowley estudou o significado do Liber Legis, publicando-o apenas em 1938. Este é o seu primeiro livro de princípios místicos. Possui uma linguagem simples mas interpretativa, onde é necessária muita aplicação para uma compreensão mínima. Além disso, o livro cita em suas entrelinhas algumas profecias e fatos ocorridos na história da humanidade.
Segundo o Livro da Lei, os deuses se revezam na condução dos destinos dos planetas por um período de 2000 anos. Cada um de seus três capítulos faz referência a uma era (Aeon) da evolução humana. O primeiro capítulo caracteriza o Aeon de Ísis: regido pelo arquétipo da divindade feminina. Quando o Universo é concebido como alimento direto da deusa.
O segundo capítulo está relacionado ao Aeon de Osíris, onde predomina o arquétipo do deus morto e o domínio das religiões patriarcais (talvez uma alusão ao Cristianismo). Neste período que se inicia aproximadamente em 500 a. C., a humanidade sofrerá as revoluções necessárias e inerentes à sua evolução: catástrofes, amor, morte e ressurreição.
O terceiro e último capítulo descreve o início do Aeon de Horus, filho de Isis e Osíris. Neste período que é inaugurado em 1904, cada ser se caracterizará como célula única da humanidade, e o desenvolvimento individual será essencial para a iluminação do coletivo. Este é o período do crescimento da criança (humanidade) através de suas próprias experiências. A Lei é a Vontade, que será revelada integralmente, e o Thelema se estabelecerá como a bússola da espiritualidade humana.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Aprendi com o Amor
Aprendi com o Amor
(dos Santos)
A chorar no Inverno, me aquecer no Verão, renascer na Primavera;
Que existem dois tipos de pessoas: as que vivem seus sonhos e as que falam da vida dos outros;
Que se nada de bom posso falar do meu próximo que palavra nenhuma seja dita;
Que não devo nunca julgar, taxar ou condenar meu semelhante, a vida é uma grande aula rumo à evolução e todos estão aprendendo;
Que cabelos brancos não são sinais de velhice, e sim de baixa melanina no sangue;
A acreditar em anjos e falar com eles;
Que não são os mestres que nos salvam, apenas mostram o caminho o resto é conosco;
A reconhecer os buscadores pelo olhar;
A respeitar as diferenças e opiniões mesmo que contrárias as minhas;
Que o Universo é amor e sempre serei um filho bem amado;
Que não escrevo por leituras, comentários ou reconhecimento, escrevo porque me sinto bem e os textos aqui contidos não são meus, são daqueles que se identifcam com eles;
Que o importante não é quem escreve, mas o que é escrito;
Que jamais poderei falar sobre Amor se verdadeiramente não amo;
A perdoar e aceitar o perdão, não por se divino, mas porque ninguém vivência o novo com ódio no coração;
A oferecer a outra face quando me machucam, pois o externo muda a essência permanece;
Que na simplicidade reside a verdadeira felicidade;
Que um homem de verdade demonstra sempre seus sentimentos;
Que os tolos sempre vão esperar por milagres, pois serão incapazes de olhar para dentro do coração;
Que a razão é o medo do homem, a loucura o alfabeto de Deus;
A ter medo do meu medo, pois ele me limita;
A dizer eu te amo e a chorar quando sinto vontade;
A dar antes que peçam, ajudar antes que seja dito, sem nada querer ou cobrar
apenas porque me sinto bem ao fazer;
Que os maiores mestres que conheci, não me ensinaram a divina Arte, me ensinaram a ouvir meu coração;
Que não faço para os outros o que não quero para mim;
Que cada um oferta o que tem e o mal SEMPRE se paga com o bem;
A melhor maneira de destruir meu inimigo é transforma-lo em amigo;
A ter humildade de reconhecer meus erros e pedir perdão;
Que serei para todo o sempre um eterno aprendiz;
Por fim, aprendi que tudo sempre passa apenas o Verdadeiro Amor fica.
(dos Santos)
A chorar no Inverno, me aquecer no Verão, renascer na Primavera;
Que existem dois tipos de pessoas: as que vivem seus sonhos e as que falam da vida dos outros;
Que se nada de bom posso falar do meu próximo que palavra nenhuma seja dita;
Que não devo nunca julgar, taxar ou condenar meu semelhante, a vida é uma grande aula rumo à evolução e todos estão aprendendo;
Que cabelos brancos não são sinais de velhice, e sim de baixa melanina no sangue;
A acreditar em anjos e falar com eles;
Que não são os mestres que nos salvam, apenas mostram o caminho o resto é conosco;
A reconhecer os buscadores pelo olhar;
A respeitar as diferenças e opiniões mesmo que contrárias as minhas;
Que o Universo é amor e sempre serei um filho bem amado;
Que não escrevo por leituras, comentários ou reconhecimento, escrevo porque me sinto bem e os textos aqui contidos não são meus, são daqueles que se identifcam com eles;
Que o importante não é quem escreve, mas o que é escrito;
Que jamais poderei falar sobre Amor se verdadeiramente não amo;
A perdoar e aceitar o perdão, não por se divino, mas porque ninguém vivência o novo com ódio no coração;
A oferecer a outra face quando me machucam, pois o externo muda a essência permanece;
Que na simplicidade reside a verdadeira felicidade;
Que um homem de verdade demonstra sempre seus sentimentos;
Que os tolos sempre vão esperar por milagres, pois serão incapazes de olhar para dentro do coração;
Que a razão é o medo do homem, a loucura o alfabeto de Deus;
A ter medo do meu medo, pois ele me limita;
A dizer eu te amo e a chorar quando sinto vontade;
A dar antes que peçam, ajudar antes que seja dito, sem nada querer ou cobrar
apenas porque me sinto bem ao fazer;
Que os maiores mestres que conheci, não me ensinaram a divina Arte, me ensinaram a ouvir meu coração;
Que não faço para os outros o que não quero para mim;
Que cada um oferta o que tem e o mal SEMPRE se paga com o bem;
A melhor maneira de destruir meu inimigo é transforma-lo em amigo;
A ter humildade de reconhecer meus erros e pedir perdão;
Que serei para todo o sempre um eterno aprendiz;
Por fim, aprendi que tudo sempre passa apenas o Verdadeiro Amor fica.
sábado, 13 de setembro de 2008
Um Amor especial
Um Amor especial
(dos Santos)
Meu desejo intimo
Manifesto e nítido
Toca seu coração
Que aguarda o dia
Entre o verso e a rima
De viver nossa paixão
Seja então tua boca
Sincera tão louca
Que me de as asas
E me tire do chão
Pois,
O Amor é um risco
Que sem rumo ou aviso
Chega pertinho,
De uma doce ilusão.
"Versos ao vento, rabiscos aos céus Antes do mundo, o delírio sincero, meu pedaço do céu."
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O Arquétipo de Satan
O Arquétipo de Satan
Para os amigos buscadores e ocultistas, acredito que este texto será de grande vália em suas reflexões;
Extraído do livro A Biografia do Diabo, de Alberto Cousté.
Psicologicamente, Satan pode ser estudado como um arquétipo, uma estrutura inata do inconsciente, que demanda inteligência, energia e poder, conhecida como a Sombra. Satan é a grande fórmula da transpessoalidade, conhecida vulgarmente como iluminação. Este é o grande segredo oculto de algumas ordens iniciáticas, que trabalham com seu arquétipo às escondidas, inclusive no seio do Cristianismo.
Aleister Crowley afirma que o sátiro é a verdadeira natureza de qualquer ser humano, podendo se manifestar externamente como um íncubo ou súcubo, conforme a natureza masculina ou feminina. A representação em Pan é de natureza sexual, estritamente ligada à própria imortalidade.
A origem do termo diabo, diable, o ente dual, pode ser relacionado a dois aspectos. O primeiro é o gêmeo das primeiras fases da mitologia, como Caim e Abel, que modernamente tomou as feições do Dr. Jekill e Mr. Hide. Neste sentido, LaVey diz que “há uma besta no homem que precisa ser exercitada, não exorcizada”. O segundo relaciona-se ao próprio corpo astral, que seria o “duplo” da pessoa. Quando a pessoa dorme, é o corpo astral que assume, desvelando os aspectos obscuros do ser.
Vejamos a lição de Kenneth Grant: “A Besta, como a corporificação do Logus (que é Thelema, Vontade), encarna simbólica e verdadeiramente a Palavra deste cada vez que um ato sacramental de união sexual ocorre; ou seja, cada vez o amor é feito sob vontade. Este é o sacramento que os Cristãos abominam como a suprema blasfêmia contra o Espírito Santo porque eles não podem admitir a operação da fórmula da besta unida à mulher como a condição necessária para a produção da divindade!
Além disso, No Éon precedente (o de Osíris), Set ou Satan eram vistos como maléficos porque a natureza do desejo era mal compreendida; ele era identificado com o Diabo e com o mal moral. Entretanto, este diabo, Satan é a verdadeira fórmula da Iluminação.”
Satan possui a sua origem no deus egípcio Set, o princípio da consciência isolada no ser humano. De Set-Hen, Satan. O sacerdócio de Set remonta de antes de 3200 a. C., com estimativas chegando até 5000 a. C. Os adoradores de Set foram os maiores astrólogos do Egito, bem como os construtores da Grande Pirâmide, segundo o egiptologista Lepsius. Set era a mais antiga de todas as deidades, remonta até a época acadiana ou sumeriana, e era a mais poderosa também, segundo O Livro dos Mortos (Capítulo 175).
Naqueles tempos, Set não era ainda considerado a personificação do mal e o seu culto possuiu uma imensa quantidade de adeptos. Da mesma forma, o deus Shiva, que foi quem teve mais templos na Índia, sendo visto também como outro arquétipo da Sombra. Na trindade criação-manutenção-transformação, Set e Shiva eram signos da transformação, não apenas a acarretada pela morte (transformação de realidade), mas sobretudo a pela iluminação (transformação de consciência).
A estrela de Set, Sothis ou Sirius, o sol por detrás do sol, ou o sol que aparece no abismo cabalístico, também abria o ano zodiacal em 365 dias. Set era o senhor do Pólo Sul, a primeira estrela da Constelação Boreal de Tífon, a Grande Ursa. Quando os povos emigraram para o deserto, deu-se a impressão ilusória que a estrela tinha “caído”, daí surgiu a idéia do “anjo caído” cristão. “Esta é a razão do pentagrama reverso ou apontando para o sul ser normalmente abominado como o selo do diabo.
Ele é o Selo de Satan, pois que ele invoca a serpente do sexo, a serpente obeah. Os osirianos, não menos do que os cristãos, rechaçavam esse aspecto da existência, e o pentagrama de Set, o Sul, era considerado como sendo o emblema de impureza e da abominação. Ele é também a Estrela de Satan para aqueles que vêem o uso mágico da corrente sexual como ‘mau’, ou seja, do diabo. Originalmente, ele não possuía qualquer mácula moral; esta foi projetada sobre ele pelos seguidores dos cultos do velho éon, aqueles representados nos mitos pelo Deus Moribundo - Adônis, Osíris, Cristo etc.”
Ensina o Templo de Set que “o Terceiro Século da Era Comum foi o ápice do Hermeticismo Setiano. Mas com a imposição do cristianismo como a religião imperial romana, o individualismo foi novamente desprezado.
O cristianismo egípcio identificou Set com Satan e ele quase desapareceu como uma figura na magia egípcia”. Durante as migrações, os yezides levaram o seu deus com eles. Set (ShT) deu origem a Shaitan (ShTN), acrescentando-se a letra N, atribuída a Escorpião. O valor numérico de Shaitan é 359. Shaitan passou depois a significar "o adversário". Adversário de que? Bem, se entendermos o conceito obsoleto de Deus, como a projeção do próprio sistema corrupto e decadente, a resposta se encaixa. Satan é o grande adversário de todo ranço inventado sob a capa da religião e da sociedade para o ser humano NEGAR A SI MESMO.
Visto que a origem do termo Satan está em Set, é de se perguntar de onde veio a forma do diabo com chifres. Quando os primeiros padres católicos começaram a catequizar os pagãos, contrapunham ao deus local um mártir cristão inventado. É de se observar que não há documentação válida para a maioria dos santos antigos, simplesmente porque não existiram.
Os verdadeiros mártires do início do cristianismo foram os pagãos, essênios e gnósticos. Nietsche esclarece que “As histórias dos santos apresentam a mais duvidosa variedade de literatura existente; examiná-las pelo método científico, na completa ausência de documentos comprobatórios, parece-me condenar antecipadamente toda a indagação – trata-se de um vão esforço de erudição...”
E Marcelo Mota explica muito bem como se deu o processo de transposição dos deuses locais para os santos católicos. Realmente, desconhece-se documentos fidedignos em que a Igreja poderia se basear para provar a sua existência.
Contudo, houve um deus que não podia ser transformado em santo, porque ele era tremendamente celebrador da vida, musical, irreverente, viril, namorador de ninfas. Este deus era imensamente querido e celebrado pela massa, era um deus de chifres e cascos de bode, chamava-se Pan.
Como os seus ritos eram muito orgiásticos, não podia ser absorvido pela Igreja Católica, pois esta recepcionou uma parte do seu cerimonial no culto persa de Mitra, muito popular entre os soldados romanos, que pregava a castidade como forma de evolução espiritual, e que foram difundidos em Roma na época de Pompeu. Então foi transformado no diabo!
Na verdade, Satan representa uma rebelião contra esta fraude religiosa. Vejamos o sentido de rebelião nas palavras de Alberto Cousté: “Santo Anselmo de Canterbury, em De casu Diaboli, atribui a rebelião de Satan ao desejo de ter uma vontade própria, ou seja, à sua vocação pela liberdade. Sabemos que os anjos, como os homens, gozam por decisão divina de livre-arbítrio, e esta responsabilidade é praticamente a chave de toda a ontologia.
Com efeito, se a liberdade dos filhos consistisse exclusivamente em realizar os desejos dos Pais, em lugar de anjos e homens falaríamos de marionetes, além do que ninguém diferiria essencialmente de seus congêneres. Desde que reconhecido como Senhor, o Diabo é bom pagador e tem com que pagar; sua moeda é o conhecimento, único caminho que assinala aos homens para livrar-se do temor, da reverência e da submissão a um Deus remoto e sempre indiferente.”
Alguém vai perguntar: A imagem de Satan não estaria consolidada pela religião cristã após estes 2000 anos? Vai adiantar o avanço ou o recuo no tempo para mudar uma imagem tão bem construída? É uma boa pergunta. O autor responde que, por detrás da capa do diabo com chifres e garfos, no meio das chamas infernais, há algo a ser perscrutado.
Adão era apenas um animal pastando no Paraíso, sua vida era totalmente sem sentido. Comer, beber, dormir e obedecer. O que Adão realmente realizava? Nada.
A serpente veio para mudar este quadro. Tornou Adão consciente e responsável por si mesmo. “Imitar o Diabo significava então rebelar-se contra a opressão, recusar-se à submissão entendida como uma fatalidade inamovível, conhecer em vez de repetir, ser consciente do uno entre a multidão, fornicar com alegria, gozar dos sentidos, só se arrepender de ter deixado de aproveitar uma experiência, negar os dogmas em benefício da investigação. A partir desse descobrimento, a sorte estava lançada.
E se é certo que os homens não podem viver sem Deus, não é menos verdade que não parece possível que tentem ressuscitar o velho deus mosaico, terrível e repressor, tirano da carne em troca de um prêmio cuja verossimilitude é hipotética, mas sim que o substituam por outro: jovial, concessivo, estimulante, disposto a misturar-se com suas criaturas e incitá-las à ação.”
O problema realmente começa no Gênesis. Vamos pelo raciocínio cristão, para ver aonde chega. Se Deus é suma bondade e onisciência, sabe de antemão o que irá acontecer, de forma a evitar o mal. Então, é de se perguntar: por que criou Satan? Criou a sua criatura imperfeita, sabia que ela ia se rebelar e não impediu? Por que Deus apontou a Árvore do Bem e do Mal a Adão? Todos sabem que o fruto proibido é o mais gostoso...
De qualquer forma, seria praticamente impossível Adão descobrir a árvore num jardim tão vasto como o Éden. Não teria sido Deus o verdadeiro tentador, ao apontá-la? Ele nem sequer impediu a ação da serpente.
O cristão responderá "mas Deus nos deu o livre arbítrio". O problema é que livre-arbítrio, cuja segunda opção é o Inferno, nunca foi livre-arbítrio. O verdadeiro livre-arbítrio não impõe nenhuma ameaça. Uma pessoa normal não destrói irremediavelmente o seu filho só porque errou para consigo. Então, imagina o ser de suma bondade...
Simplesmente contraditório.
É óbvio que há uma inversão de papéis na Bíblia. Javeh é que é o verdadeiro demônio, não Satan. Observe-se que não há nenhum Evangelho Segundo Satan. Nunca houve direito de resposta ao suposto ente que tem levado a culpa de todas as estupidezes humanas nestes 2000 anos.
Até mesmo nos julgamentos humanos dos crimes mais hediondos sempre se dá direito de resposta ao réu, é a célebre máxima latina audiatur et altera pars, que significa seja ouvida também a parte adversa. Trata-se, por conseguinte, a Bíblia, de um livro extremamente parcial.
O que o sistema sócio-religioso trouxe ao homem? Bem, o homem originalmente era um mamífero da espécie do macaco. Contudo, todos os mamíferos entram naturalmente em equilíbrio com o meio ambiente, mas o homem não. O homem vai para uma área, multiplica-se e devasta o ecossistema. Então, a solução é ir para outra área. Há outro organismo na Terra que segue o mesmo padrão. É o vírus.
O sistema sócio-religioso transformou o homem num vírus que consome a si próprio, à sua própria espécie, às outras espécies e ao planeta em geral, como um todo.
Então, a explicação é outra, simbólica, citada anteriormente. Deus é uma essência inerente ao ser humano e a toda existência (não apenas física).
Satan é o grande fator de transformação humana, o homem deixa de ser um animal para se tornar o seu próprio Deus. Há também o aspecto kundalínico na serpente, eis que a energia sexual faz parte do processo. Afinal, sexo é o portal da vida, o criador de vida, não apenas corporal, mas magicamente é considerada de maior importância. O homem é a chave e a mulher e o portal, por onde transpassam todas as criações do universo.
Satan representa o elemento Fogo, o seu ponto cardeal é o Sul, naipe de Tarot é Paus, e está simbolicamente relacionado ao Inferno, que trata todos os aspectos considerados "negativos" como fatores transformativos da qualidade de ser. É o grande senhor da realidade onírica. No ser humano representa os poderes psíquicos.
"Antes foram os dragões, as serpentes, tudo que representava sabedoria tornou-se mal. Porque o mal perverteu o bem."
respeite os direitos autorais
Para os amigos buscadores e ocultistas, acredito que este texto será de grande vália em suas reflexões;
Extraído do livro A Biografia do Diabo, de Alberto Cousté.
Psicologicamente, Satan pode ser estudado como um arquétipo, uma estrutura inata do inconsciente, que demanda inteligência, energia e poder, conhecida como a Sombra. Satan é a grande fórmula da transpessoalidade, conhecida vulgarmente como iluminação. Este é o grande segredo oculto de algumas ordens iniciáticas, que trabalham com seu arquétipo às escondidas, inclusive no seio do Cristianismo.
Aleister Crowley afirma que o sátiro é a verdadeira natureza de qualquer ser humano, podendo se manifestar externamente como um íncubo ou súcubo, conforme a natureza masculina ou feminina. A representação em Pan é de natureza sexual, estritamente ligada à própria imortalidade.
A origem do termo diabo, diable, o ente dual, pode ser relacionado a dois aspectos. O primeiro é o gêmeo das primeiras fases da mitologia, como Caim e Abel, que modernamente tomou as feições do Dr. Jekill e Mr. Hide. Neste sentido, LaVey diz que “há uma besta no homem que precisa ser exercitada, não exorcizada”. O segundo relaciona-se ao próprio corpo astral, que seria o “duplo” da pessoa. Quando a pessoa dorme, é o corpo astral que assume, desvelando os aspectos obscuros do ser.
Vejamos a lição de Kenneth Grant: “A Besta, como a corporificação do Logus (que é Thelema, Vontade), encarna simbólica e verdadeiramente a Palavra deste cada vez que um ato sacramental de união sexual ocorre; ou seja, cada vez o amor é feito sob vontade. Este é o sacramento que os Cristãos abominam como a suprema blasfêmia contra o Espírito Santo porque eles não podem admitir a operação da fórmula da besta unida à mulher como a condição necessária para a produção da divindade!
Além disso, No Éon precedente (o de Osíris), Set ou Satan eram vistos como maléficos porque a natureza do desejo era mal compreendida; ele era identificado com o Diabo e com o mal moral. Entretanto, este diabo, Satan é a verdadeira fórmula da Iluminação.”
Satan possui a sua origem no deus egípcio Set, o princípio da consciência isolada no ser humano. De Set-Hen, Satan. O sacerdócio de Set remonta de antes de 3200 a. C., com estimativas chegando até 5000 a. C. Os adoradores de Set foram os maiores astrólogos do Egito, bem como os construtores da Grande Pirâmide, segundo o egiptologista Lepsius. Set era a mais antiga de todas as deidades, remonta até a época acadiana ou sumeriana, e era a mais poderosa também, segundo O Livro dos Mortos (Capítulo 175).
Naqueles tempos, Set não era ainda considerado a personificação do mal e o seu culto possuiu uma imensa quantidade de adeptos. Da mesma forma, o deus Shiva, que foi quem teve mais templos na Índia, sendo visto também como outro arquétipo da Sombra. Na trindade criação-manutenção-transformação, Set e Shiva eram signos da transformação, não apenas a acarretada pela morte (transformação de realidade), mas sobretudo a pela iluminação (transformação de consciência).
A estrela de Set, Sothis ou Sirius, o sol por detrás do sol, ou o sol que aparece no abismo cabalístico, também abria o ano zodiacal em 365 dias. Set era o senhor do Pólo Sul, a primeira estrela da Constelação Boreal de Tífon, a Grande Ursa. Quando os povos emigraram para o deserto, deu-se a impressão ilusória que a estrela tinha “caído”, daí surgiu a idéia do “anjo caído” cristão. “Esta é a razão do pentagrama reverso ou apontando para o sul ser normalmente abominado como o selo do diabo.
Ele é o Selo de Satan, pois que ele invoca a serpente do sexo, a serpente obeah. Os osirianos, não menos do que os cristãos, rechaçavam esse aspecto da existência, e o pentagrama de Set, o Sul, era considerado como sendo o emblema de impureza e da abominação. Ele é também a Estrela de Satan para aqueles que vêem o uso mágico da corrente sexual como ‘mau’, ou seja, do diabo. Originalmente, ele não possuía qualquer mácula moral; esta foi projetada sobre ele pelos seguidores dos cultos do velho éon, aqueles representados nos mitos pelo Deus Moribundo - Adônis, Osíris, Cristo etc.”
Ensina o Templo de Set que “o Terceiro Século da Era Comum foi o ápice do Hermeticismo Setiano. Mas com a imposição do cristianismo como a religião imperial romana, o individualismo foi novamente desprezado.
O cristianismo egípcio identificou Set com Satan e ele quase desapareceu como uma figura na magia egípcia”. Durante as migrações, os yezides levaram o seu deus com eles. Set (ShT) deu origem a Shaitan (ShTN), acrescentando-se a letra N, atribuída a Escorpião. O valor numérico de Shaitan é 359. Shaitan passou depois a significar "o adversário". Adversário de que? Bem, se entendermos o conceito obsoleto de Deus, como a projeção do próprio sistema corrupto e decadente, a resposta se encaixa. Satan é o grande adversário de todo ranço inventado sob a capa da religião e da sociedade para o ser humano NEGAR A SI MESMO.
Visto que a origem do termo Satan está em Set, é de se perguntar de onde veio a forma do diabo com chifres. Quando os primeiros padres católicos começaram a catequizar os pagãos, contrapunham ao deus local um mártir cristão inventado. É de se observar que não há documentação válida para a maioria dos santos antigos, simplesmente porque não existiram.
Os verdadeiros mártires do início do cristianismo foram os pagãos, essênios e gnósticos. Nietsche esclarece que “As histórias dos santos apresentam a mais duvidosa variedade de literatura existente; examiná-las pelo método científico, na completa ausência de documentos comprobatórios, parece-me condenar antecipadamente toda a indagação – trata-se de um vão esforço de erudição...”
E Marcelo Mota explica muito bem como se deu o processo de transposição dos deuses locais para os santos católicos. Realmente, desconhece-se documentos fidedignos em que a Igreja poderia se basear para provar a sua existência.
Contudo, houve um deus que não podia ser transformado em santo, porque ele era tremendamente celebrador da vida, musical, irreverente, viril, namorador de ninfas. Este deus era imensamente querido e celebrado pela massa, era um deus de chifres e cascos de bode, chamava-se Pan.
Como os seus ritos eram muito orgiásticos, não podia ser absorvido pela Igreja Católica, pois esta recepcionou uma parte do seu cerimonial no culto persa de Mitra, muito popular entre os soldados romanos, que pregava a castidade como forma de evolução espiritual, e que foram difundidos em Roma na época de Pompeu. Então foi transformado no diabo!
Na verdade, Satan representa uma rebelião contra esta fraude religiosa. Vejamos o sentido de rebelião nas palavras de Alberto Cousté: “Santo Anselmo de Canterbury, em De casu Diaboli, atribui a rebelião de Satan ao desejo de ter uma vontade própria, ou seja, à sua vocação pela liberdade. Sabemos que os anjos, como os homens, gozam por decisão divina de livre-arbítrio, e esta responsabilidade é praticamente a chave de toda a ontologia.
Com efeito, se a liberdade dos filhos consistisse exclusivamente em realizar os desejos dos Pais, em lugar de anjos e homens falaríamos de marionetes, além do que ninguém diferiria essencialmente de seus congêneres. Desde que reconhecido como Senhor, o Diabo é bom pagador e tem com que pagar; sua moeda é o conhecimento, único caminho que assinala aos homens para livrar-se do temor, da reverência e da submissão a um Deus remoto e sempre indiferente.”
Alguém vai perguntar: A imagem de Satan não estaria consolidada pela religião cristã após estes 2000 anos? Vai adiantar o avanço ou o recuo no tempo para mudar uma imagem tão bem construída? É uma boa pergunta. O autor responde que, por detrás da capa do diabo com chifres e garfos, no meio das chamas infernais, há algo a ser perscrutado.
Adão era apenas um animal pastando no Paraíso, sua vida era totalmente sem sentido. Comer, beber, dormir e obedecer. O que Adão realmente realizava? Nada.
A serpente veio para mudar este quadro. Tornou Adão consciente e responsável por si mesmo. “Imitar o Diabo significava então rebelar-se contra a opressão, recusar-se à submissão entendida como uma fatalidade inamovível, conhecer em vez de repetir, ser consciente do uno entre a multidão, fornicar com alegria, gozar dos sentidos, só se arrepender de ter deixado de aproveitar uma experiência, negar os dogmas em benefício da investigação. A partir desse descobrimento, a sorte estava lançada.
E se é certo que os homens não podem viver sem Deus, não é menos verdade que não parece possível que tentem ressuscitar o velho deus mosaico, terrível e repressor, tirano da carne em troca de um prêmio cuja verossimilitude é hipotética, mas sim que o substituam por outro: jovial, concessivo, estimulante, disposto a misturar-se com suas criaturas e incitá-las à ação.”
O problema realmente começa no Gênesis. Vamos pelo raciocínio cristão, para ver aonde chega. Se Deus é suma bondade e onisciência, sabe de antemão o que irá acontecer, de forma a evitar o mal. Então, é de se perguntar: por que criou Satan? Criou a sua criatura imperfeita, sabia que ela ia se rebelar e não impediu? Por que Deus apontou a Árvore do Bem e do Mal a Adão? Todos sabem que o fruto proibido é o mais gostoso...
De qualquer forma, seria praticamente impossível Adão descobrir a árvore num jardim tão vasto como o Éden. Não teria sido Deus o verdadeiro tentador, ao apontá-la? Ele nem sequer impediu a ação da serpente.
O cristão responderá "mas Deus nos deu o livre arbítrio". O problema é que livre-arbítrio, cuja segunda opção é o Inferno, nunca foi livre-arbítrio. O verdadeiro livre-arbítrio não impõe nenhuma ameaça. Uma pessoa normal não destrói irremediavelmente o seu filho só porque errou para consigo. Então, imagina o ser de suma bondade...
Simplesmente contraditório.
É óbvio que há uma inversão de papéis na Bíblia. Javeh é que é o verdadeiro demônio, não Satan. Observe-se que não há nenhum Evangelho Segundo Satan. Nunca houve direito de resposta ao suposto ente que tem levado a culpa de todas as estupidezes humanas nestes 2000 anos.
Até mesmo nos julgamentos humanos dos crimes mais hediondos sempre se dá direito de resposta ao réu, é a célebre máxima latina audiatur et altera pars, que significa seja ouvida também a parte adversa. Trata-se, por conseguinte, a Bíblia, de um livro extremamente parcial.
O que o sistema sócio-religioso trouxe ao homem? Bem, o homem originalmente era um mamífero da espécie do macaco. Contudo, todos os mamíferos entram naturalmente em equilíbrio com o meio ambiente, mas o homem não. O homem vai para uma área, multiplica-se e devasta o ecossistema. Então, a solução é ir para outra área. Há outro organismo na Terra que segue o mesmo padrão. É o vírus.
O sistema sócio-religioso transformou o homem num vírus que consome a si próprio, à sua própria espécie, às outras espécies e ao planeta em geral, como um todo.
Então, a explicação é outra, simbólica, citada anteriormente. Deus é uma essência inerente ao ser humano e a toda existência (não apenas física).
Satan é o grande fator de transformação humana, o homem deixa de ser um animal para se tornar o seu próprio Deus. Há também o aspecto kundalínico na serpente, eis que a energia sexual faz parte do processo. Afinal, sexo é o portal da vida, o criador de vida, não apenas corporal, mas magicamente é considerada de maior importância. O homem é a chave e a mulher e o portal, por onde transpassam todas as criações do universo.
Satan representa o elemento Fogo, o seu ponto cardeal é o Sul, naipe de Tarot é Paus, e está simbolicamente relacionado ao Inferno, que trata todos os aspectos considerados "negativos" como fatores transformativos da qualidade de ser. É o grande senhor da realidade onírica. No ser humano representa os poderes psíquicos.
"Antes foram os dragões, as serpentes, tudo que representava sabedoria tornou-se mal. Porque o mal perverteu o bem."
respeite os direitos autorais
domingo, 7 de setembro de 2008
Horário pró-lixo brasileiro

Horário pró-lixo brasileiro
(dos Santos)
Olá amigos.
Fiz algo que não costumo fazer, assisti ao horário pró-lixo brasileiro para prefeito, avaliei alguns candidatos e tracei um perfil com base em suas 'frases celebres’.
Bom o primeiro séria um candidato com vasta experiência no número de processos que possui.
Dizem as más línguas que ele desviou alguns milhões e faliu a cidade, mas claro intriga da oposição nada foi provado, mas é dai que ele roubou?
Como dizem: ele rouba mais faz, olha que bonito, vou ser roubado, mas vou ter certeza que algo esta sendo feito e movimentado nas ilhas Caimam.
O outro candidato ta estreiando, enfrenta seu primeiro processo na justiça, bom nem preciso dizer que é intriga da oposição, o fato é que este candidato possui tamanha religiosidade que por milagre enriqueceu em dois anos 400% seu patrimônio, os especialistas em economia e administração atribuem a Deus tal fato espetacular.
Bom, religiosidade à parte e continuando, o próximo candidato assim como o primeiro já enfrenta seu processo na justiça, dizem as mas línguas que foram apenas alguns milhões, mas nada que levasse a cidade à falência, seu slogan é legal, imagine você parado no transito ouvindo assim: 'relaxa e goza meu bem', afinal já somos idiotas pelo menos teríamos prazer.
Falei de alguns aqui que ao meu ver são os mais espetaculares, mas o melhor mesmo dos candidatos da minha cidade, é que todos tem soluções de boteco para governar, bacana também é o fato de que todos são iguais, velhas cartas marcadas, sempre os mesmos.
Até um deles é apoiado pelo nosso grande Estadista, que se torna um sábio quando fica de boca fechada.
Enfim amigos fica difícil mesmo com tantos bons candidatos escolher o melhor, o mais capaz.
Em virtude de tantos bons candidatos já escolhi o meu, votarei em um tal de Nulo para prefeito e vereador, afinal gostaria de mudar as coisas, dizem que é um voto burro, mas não é burrice maior votar nestes que ai estão?
E se fossemos capazes de dizer assim: ‘Não queremos estes, queremos outros’, se fossemos capazes como nosso bom estadista diz: ‘Tirar a bunda da cadeira e se mexer’ e ao se mexer escolhêssemos por um voto de protesto contra tudo que ai esta, exigindo assim novas eleições com novos candidatos, com propostas verdadeiras e sérias de governo, será que não mudaríamos este país? Eu acho que sim.
Ou podemos ficar como estamos com mais quatro anos, dessa imensa rede de benefícios que dispomos hoje: ensino de faz de conta, ruas esburacadas, impostos exorbitantes, saúde aos pedaços, violência em larga escala, saneamento ordinário, etc...
(dos Santos)
Olá amigos.
Fiz algo que não costumo fazer, assisti ao horário pró-lixo brasileiro para prefeito, avaliei alguns candidatos e tracei um perfil com base em suas 'frases celebres’.
Bom o primeiro séria um candidato com vasta experiência no número de processos que possui.
Dizem as más línguas que ele desviou alguns milhões e faliu a cidade, mas claro intriga da oposição nada foi provado, mas é dai que ele roubou?
Como dizem: ele rouba mais faz, olha que bonito, vou ser roubado, mas vou ter certeza que algo esta sendo feito e movimentado nas ilhas Caimam.
O outro candidato ta estreiando, enfrenta seu primeiro processo na justiça, bom nem preciso dizer que é intriga da oposição, o fato é que este candidato possui tamanha religiosidade que por milagre enriqueceu em dois anos 400% seu patrimônio, os especialistas em economia e administração atribuem a Deus tal fato espetacular.
Bom, religiosidade à parte e continuando, o próximo candidato assim como o primeiro já enfrenta seu processo na justiça, dizem as mas línguas que foram apenas alguns milhões, mas nada que levasse a cidade à falência, seu slogan é legal, imagine você parado no transito ouvindo assim: 'relaxa e goza meu bem', afinal já somos idiotas pelo menos teríamos prazer.
Falei de alguns aqui que ao meu ver são os mais espetaculares, mas o melhor mesmo dos candidatos da minha cidade, é que todos tem soluções de boteco para governar, bacana também é o fato de que todos são iguais, velhas cartas marcadas, sempre os mesmos.
Até um deles é apoiado pelo nosso grande Estadista, que se torna um sábio quando fica de boca fechada.
Enfim amigos fica difícil mesmo com tantos bons candidatos escolher o melhor, o mais capaz.
Em virtude de tantos bons candidatos já escolhi o meu, votarei em um tal de Nulo para prefeito e vereador, afinal gostaria de mudar as coisas, dizem que é um voto burro, mas não é burrice maior votar nestes que ai estão?
E se fossemos capazes de dizer assim: ‘Não queremos estes, queremos outros’, se fossemos capazes como nosso bom estadista diz: ‘Tirar a bunda da cadeira e se mexer’ e ao se mexer escolhêssemos por um voto de protesto contra tudo que ai esta, exigindo assim novas eleições com novos candidatos, com propostas verdadeiras e sérias de governo, será que não mudaríamos este país? Eu acho que sim.
Ou podemos ficar como estamos com mais quatro anos, dessa imensa rede de benefícios que dispomos hoje: ensino de faz de conta, ruas esburacadas, impostos exorbitantes, saúde aos pedaços, violência em larga escala, saneamento ordinário, etc...
sábado, 6 de setembro de 2008
Eco
Eco
( Liane Furiatti )
Tenho sede, da-me de beber o mel de tua boca
sacia-me as vontades no encontro de nós dois.
Tenho fome, sem ti até a vida é pouca
e a escuridão cega-me, como mil sóis!
Em muda prece brado um lamento
por minha alma, em pedaços...
preciso aprender a parar o tempo
quando me encontro nos teus braços!
Seduz-me no encanto das horas
na eternidade dos agoras...
faz-me deusa, escrava, senhora!
Seduzo-te, na sobriedade do tempo
na glória de um eterno momento:
-Vem sacerdote! Sou teu templo!
respeite os direitos autorais
( Liane Furiatti )
Tenho sede, da-me de beber o mel de tua boca
sacia-me as vontades no encontro de nós dois.
Tenho fome, sem ti até a vida é pouca
e a escuridão cega-me, como mil sóis!
Em muda prece brado um lamento
por minha alma, em pedaços...
preciso aprender a parar o tempo
quando me encontro nos teus braços!
Seduz-me no encanto das horas
na eternidade dos agoras...
faz-me deusa, escrava, senhora!
Seduzo-te, na sobriedade do tempo
na glória de um eterno momento:
-Vem sacerdote! Sou teu templo!
respeite os direitos autorais
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Teu Amor minha sina, meu destino tua vida

Teu Amor minha sina, meu destino tua vida
( dos Santos )
Versos e reversos
Um cavaleiro e seus mistérios
Reais, tão sinceros
Que agora ou de repente
Trazem fantasmas,
Lembranças e marcas
De um passado e seus feitos
Com atos marcados,
Jurados ao acaso
Para uma hora morna,
Que contam hoje uma nova história
De lutas e glórias, sonhos e derrotas
De um sentimento que não se cala
De um sentimento que não se cala
Renasce, não tem morada
Para sempre ou por agora
Teu Amor minha sina,
Meu destino tua vida.
'A distância traz a saudade, mas nunca o esquecimento'
Assinar:
Postagens (Atom)